Que tal um pouco de música para alegrar a alma? A partir de setembro, o Portal iMulher terá um novo colunista, o musicista e tenente Marcos Arthur Fitzthum, que escreverá a coluna mensal “Música em Sete Notas”, na qual tratará o tema de maneira bem leve e acessível, além de trazer fatos da vida de grandes compositores.
Arthur é natural de Ponta Grossa e, desde criança, mostrou acentuado pendor musical. Vejam como o anjo da guarda e os espíritos protetores atuam na vida das pessoas. Quando ele tinha 10 anos de idade, sua mãe comprou um violão e o método para ela aprender a tocar o instrumento. Mas ela percebeu o excepcional interesse do Arthur pelo instrumento e deixou-o para o filho. Debruçado sobre o violão, ele não mais saía para brincar.
Com 10 anos, entrou para a Banda Municipal Lira dos Campos, de Ponta Grossa, na qual teve as primeiras lições de música.
Sua mãe pagou curso de piano para ele com professor particular. Frequentou as aulas por dois anos e parou, porque sua mãe não tinha dinheiro para custear-lhe as aulas.
Como todo garoto, gostava de ir ao cinema. Mas Arthur tinha uma peculiaridade, própria de quem tem o dom da música. Quando gostava da música tema do filme, assistia ao filme pela segunda vez. Ele levava consigo caderno de música, lápis e borracha e, no escuro do cinema, tirava a música e a copiava no caderno para depois tocá-la em casa ao violão.
A primeira música que tirou foi “O milionário”, do conjunto Os Incríveis. A turma que viveu a época da Jovem Guarda se lembrará da música. As músicas da Jovem Guarda eram-lhe fáceis e ele começou a tirar as músicas executadas pelo violonista Dilermando Reis. Uma lembrança merece ser citada.
Ele tirou a música “Marcha dos Marinheiros”, tocada por Dilermando Reis, mas não conseguiu tirar a sua introdução, na qual Dilermando imita, com o violão, o som de caixa-surda ou repique. Arthur descobriu sozinho que conseguiria reproduzir o som da caixa-surda se trançasse a 5ª e a 6ª cordas do violão. Ele trançava as cordas, fazia a introdução, destrançava-as e continuava a música. Este era o processo utilizado por Dilermando Reis. Segundo Arthur, inspiração, coisa de momento. Segundo os leigos, reflexo do dom que tem, pois ele não tinha professor de violão.
Tocou na Banda Municipal Lira dos Campos, de Ponta Grossa, por 8 anos, até que, com 18 anos, prestou concurso para cabo músico do Exército em Curitiba. Aprovado, foi designado para a Banda de Música da Brigada de Cascavel. Prestou três concursos para sargento músico, necessários para ser promovido, e em todos obteve aprovação. Foi o primeiro colocado no concurso para primeiro-sargento.
Além de músico, escreveu arranjos de dobrados e de músicas para a Banda.
Continuou a estudar violão por conta própria. Ele comprou quase toda a coleção dos discos de vinil de Dilermando Reis, considerado por muitos o violonista mais influente do Brasil. Só que Arthur comprava dois discos: um para ouvir e outro que usava para tirar as músicas. O disco, do qual tirava as músicas, ficava arranhado, pois ele voltava a música em alguns trechos para tirar os acordes corretamente e para verificar a posição das mãos ao violão.
Começou a tocar teclado e piano e logo passou a dar aulas de teclado para particulares e em escolas de música de Cascavel. Ao mesmo tempo, tocava em casamentos, festas e recepções.
Dedicou-se ao piano que, segundo ele, é mais completo e mais difícil.
Foi transferido para Brasília, mas, como tinha tempo para aposentar-se, preferiu a aposentadoria a fim de permanecer em Cascavel e dedicar-se ao piano.
Foi o pianista do Coral da COPEL (Companhia Paranaense de Energia) de Cascavel por de dez anos. A pandemia interrompeu as apresentações do coral.
Confira mensalmente na coluna “Música em Sete Notas” muito conteúdo interessante além de momentos musicais ao piano, como este. Aprecie este trecho de Nocturne Op.9 N.2, de Chopin, e acompanhe os novos materiais que Arthur irá preparar.
2 Comentários
Lindo demais. Toca super bem o piano. Que talento!
Parabéns por mais essa atração para a revista. Ainda mais contando um pouco de cada artista consagrado.
Ouvir uma boa música e sensacional. Entender nem que seja um pouco do que vem a ser a música, a mim m em da mais prazer. Meus cumprimentos Marcos Arthur Fitzthum por partilhar conosco seus conhecimentos musicais