Em 7 notas, a vida e a obra de Tim Maia, apelidado de “O Síndico do Brasil“, considerado pela revista Rolling Stones como o maior cantor brasileiro e nono maior artista da música brasileira,
- QUEM É
Tim Maia, nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia, nasceu no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 1942 e faleceu em 15 de março de 1998, com 56 anos. É reconhecido como uma dos maiores ícones da música brasileira.
De família humilde, na infância era conhecido como “Tião Marmiteiro”, porque trabalhava entregando marmitas para a família.
Aos 9 anos, ganhou um violão do pai e desenvolveu afinidade com a música.
- JUVENTUDE
Cresceu no Rio de Janeiro e conviveu com Jorge Benjor e Erasmo Carlos. Em 1957, criou o grupo musical “Os Sputiniks”, do qual Roberto Carlos fez parte. Roberto Carlos afirmou que aprendeu a batida do rock no violão ao ver Tim Maia tocar.
“Os Sputiniks” faziam cover de sucessos americanos da época.
Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve os primeiros contatos com o soul, ritmo que se desenvolveu nos Estados Unidos e combina elementos da música gospel, blues e jazz.
- SOUL NO BRASIL
Durante os quase 4 anos que morou nos Estados Unidos, participou de conjuntos musicais e aprendeu os ritmos norte-americanos. De volta ao Brasil, trouxe o Soul para o país e tornou-se o principal compositor e intérprete do gênero.
O Soul tem ritmo marcante e contagiante, acompanhado por palmas e movimentos corporais, características da música de Tim Maia.
- PRIMEIROS DISCOS
Em 1970, lançou o primeiro álbum, “Tim Maia”, que alcançou grande sucesso. As músicas “Primavera”, “Azul da Cor do Mar”, “Coroné Antônio Bento” e “Eu Amo Você” foram destaques do álbum.
Nos 3 anos seguintes, lançou outros 3 álbuns, que fizeram sucesso. As músicas “Não Quero Dinheiro” (Só Quero Amar) e “Gostava Tanto de Você” ainda fazem sucesso.
Consagrou-se em 1973 com as músicas “Réu Confesso” e “Gostava Tanto de Você”.
A música, o ritmo, o talento e a personalidade de Tim Maia tornaram-no conhecido nacionalmente. Recebeu o apelido “Síndico do Brasil”, colocado pelo cantor Jorge Benjor, em razão da música W/Brasil, de autoria de Jorge Benjor, na qual ele fala que se o Brasil fosse um prédio, o soulman brasileiro, Tim Maia, seria o síndico.
- CULTURA RACIONAL
Em 1974, integrou-se à religião “Cultura Racional”, derivada da Umbanda, fundada em meados de 1930 no Rio de Janeiro, que tem por base o livro “Universo em Desencanto” e aborda grande variedade de temas como cosmologia, metafísica, ecologia, teologia e OVNIs.
Influenciado pela religião, lançou dois discos, “Tim Maia Racional 1 e 2”, dos quais se destacaram “Que Beleza!” e “Caminho do Bem”. Críticos consideram esses discos os melhores da carreira do cantor. Sua voz estava mais pura, porque nesse período esteve afastado dos vícios.
Em 1975, um ano depois, desiludiu-se com a religião, abandonou-a e voltou ao estilo anterior. Tim Maia recolheu os discos de circulação, que se tornaram raros e objetos de colecionadores.
Depois que abandonou a “Cultura Racional”, lançou os grandes sucessos “Descobridor dos Sete Mares” e “Me Dê Motivo”.
- DÉCADA 1990-1998
A década 1990-1998 foi a mais profícua de Tim Maia. Gravou discos de bossa nova e de versões clássicas de pop e soul, dando às músicas balanço e ritmo próprios.
Gravou mais de um disco por ano com grande versatilidade, tendo gravado com Gal Costa (Um Dia de Domingo) com Nelson Gonçalves (Renúncia).
- LEGADO DE TIM MAIA
Tim Maia sentiu-se mal durante a gravação de um show em Niterói. Interrompeu o show e foi hospitalizado. Faleceu uma semana depois, em 15 de março de 1998. Viveu vida desregrada com consumo de drogas e álcool, que debilitaram sua saúde;
Ainda hoje as músicas de Tim Maia são gravadas e continuam fazendo sucesso.
Sua obra influenciou outros artistas, como seu sobrinho Ed Motta e seu filho Léo Maia.
A revista Rolling Stones, sediada nos Estados Unidos dedicada à música, política, e cultura popular, classificou Tim Maia como o maior cantor brasileiro e o nono maior artista da música brasileira.
1 comentário
Parabéns pela homenagem a esse músico fantástico. Merece!
Já a sua vida pessoal é outra história.
Sou fã da sua voz, das suas músicas…sempre!