Como dizia Sigmund Freud, “nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons”. Nesta segunda edição da coluna Armadilhas da Mente, quero falar sobre autoestima. Ao contrário do que se pensa, a autoestima não é só o quanto gostamos de nós mesmos. Há nesse dilema mais implicações do que deduzimos. Para que tenhamos a autoestima elevada, pelo menos num nível satisfatório para a nossa saúde mental, comecemos com alguns preceitos:
1 – Autoaceitação: Precisamos nos aceitar do jeito que somos, com nossos defeitos e qualidades, enfatizando as qualidades, claro! Saiba que não existe autoestima elevada se não houver autoaceitação. Quando paramos de nos julgar e criticar tanto e começamos a exercitar mais uma visão amorosa, compassiva, acolhedora da gente mesmo, nos aceitando com as nossas falhas e impermanências, a autoestima se desenvolve naturalmente, ou seja: para elevar a autoestima não precisamos ficar só trabalhando a imagem e o comportamento positivo.
A autoaceitação leva à autoestima!
2 – Autocuidado: Temos que nos cuidar, pois a autoestima está diretamente ligada ao autocuidado. Quando passamos a olhar para nós mesmos de forma compassiva, com mais aceitação, consequentemente focamos mais em nossas necessidades. Dessa forma, começamos a nos cuidar mais, seja fisicamente, mentalmente, espiritualmente, emocionalmente ou socialmente, e isso nos faz gostarmos cada vez mais de nossa ‘Persona’, elevando assim a autoestima.
O autocuidado leva à autoestima!
3 – Autoconfiança: Temos que confiar mais em nós mesmos, em nosso potencial, capacidade e competência, em nossos valores, índole, sabedoria e intuição. O oposto da autoconfiança é a autodepreciação, a autocritica exagerada e sem fundamento. Mesmo quando não temos o conhecimento e a habilidade para desenvolver determinada tarefa, podemos correr atrás para aprender. E quando acreditamos ser possível realizá-la sem medir esforços, estamos exercendo a autoconfiança.
A autoconfiança leva à autoestima!
4 – Autorrespeito: O ato de se autorrespeitar diz respeito a entender que precisamos nos acolher naquilo que damos conta e naquilo que não damos conta. Ter autorrespeito consiste em compreender que somos únicos, diferentes de qualquer um, que temos defeitos e qualidades que nos trouxeram até aqui, nos fazendo sermos quem somos. Infringimos o nosso autorrespeito quando nos comparamos a outras pessoas, quando achamos que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Importante lembrar que os outros mostram os seus palcos com tudo organizado para a estreia, mas cada um sabe muito bem o tamanho da bagunça da própria coxia. Pense nisso e eleve-se, você merece!
O autorrespeito leva à autoestima!
1 comentário
Parabéns Cátia. Estamos sempre precisando ser lembrados do nosso valor!!!👏👏👏