Bons planos não são garantia de vitória se eles não forem bem executados por pessoal treinado e capacitado e conduzidos adequadamente pelo gerente competente. Sun Tzu defende a guerra rápida:
“Quando nos empenhamos numa guerra verdadeira, se a vitória custa a chegar, as armas dos soldados tornam-se pesadas e o entusiasmo deles enfraquece”.
No caso de empresas e da disputa de mercado, a luta é perene, diária, sem tréguas e se estende por praticamente toda a vida. Embora as atividades comerciais encontrem novos desafios e nelas surjam novas dificuldades a cada dia, o gerente não pode permitir que a rotina diária se torne pesada e o entusiasmo da equipe enfraqueça. Para evitar que se perca o entusiasmo, o gerente tem de buscar inovar as atividades e incentivar a sua equipe para que a inovação mantenha acesas a disposição e a dedicação da equipe.
A inovação passou a ser necessidade para a sobrevivência no mercado e pode ser entendida como a introdução de algo novo na atividade. A inovação envolve o desenvolvimento humano, a melhoria da qualidade de vida e do serviço, a fuga da rotina e o enfrentamento de desafios em busca de novos horizontes. Ao incentivar a inteligência em busca de soluções e propostas, os desafios tendem a melhorar o convívio humano e as relações interpessoais.
A inovação pode fazer alcançar melhores resultados, pode melhorar a capacidade da empresa e melhorar o convívio da equipe. Sair da zona de conforto exige esforço, mas é este esforço que traz o crescimento e a evolução. A inovação está na mão do gerente.
A acomodação do gestor, que considera que tem o melhor produto e/ou que alcançou a excelência do desempenho, faz correr o risco de que ele seja ultrapassado pelo concorrente.
Há receio em mudar e inovar; existe até o jargão futebolístico que diz “não se mexe em time que está vencendo”, o que significa que não se devem fazer substituições e alterações no time que está vencendo o jogo. Mas as mudanças e as inovações em praticamente todos os setores são constantes: novos produtos, novas demandas, novos equipamentos, novas tecnologias. Quem ficar estagnado corre sério risco de ser ultrapassado.
Outro aspecto de importância para o gerente é dar liberdade para que sua equipe opine sobre novas formas de realizar o trabalho. Os colaboradores estão na linha de frente e a sugestão deles decorre da experiência adquirida no combate, digamos, corpo-a-corpo.
A empresa deve ser vista como o jovem em crescimento, que precisa ser orientado, desenvolvido e modificado permanentemente. Como inovar? Não existem fórmulas prontas para a inovação; o essencial é trazer o diferencial para sua empresa. Pelo menos, o gerente sempre se deve perguntar “o que pode melhorar?”; “como inovar?”; “estou aberto às inovações?”; “incentivo minha equipe a apresentar sugestões?”.
Sun Tzu afirma:
“Nunca esqueça: quando suas armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, a força exaurida e seus fundos gastos, outro comandante aparecerá para tirar vantagem de sua penúria. Então, nenhum homem, por mais sábio, será capaz de evitar as consequências que advirão.”
Bom terminar o artigo oferecendo provocações ao leitor para que ele, com as ideias ainda frescas na cabeça, possa pensar em sua empresa. Qual a última inovação que você fez em sua empresa? Contra quais inovações reage? Há inovações propostas cuja implantação você vem adiando? Por quê? Você já ouviu propostas de inovação de seus colaboradores? Implantou-as?
Atingimos nosso objetivo se lhe damos o que pensar.
2 Comentários
Bela provocação, Cláudio. Já tive uma empresa e uma das inovações que propus foi a de que cada sugestão ou desejo do cliente fosse relatado para que imprimíssemos uma diferença no mercado varejista no Centro do Rio. E uma coisa que notei é que às vezes nossos funcionários são regulares em tudo. Os chamados Patos. Não canta bonita , não voa bonito, nem nada.
Empreendedor mata um leão por dia e ainda não é suficiente. Acho que pesquisa de mercado é fundamental na estratégia
Objetivo atingido porque estou tendo muito o que pensar depois de ler esse texto.