A publicação de livros escritos por mulheres aumentou nos últimos anos e vem quebrando padrões. A literatura feminina brasileira nos remete a nomes consagrados como Cecília Meireles, Clarice Lispector, Conceição Evaristo e outras que pavimentaram o caminho para as escritoras da nova geração.
Na Dica Cultural de hoje, listamos 7 autoras contemporâneas e suas produções literárias que você precisa conhecer:
Carla Madeira
Mineira, nascida em 1964, Carla Madeira é escritora e publicitária, autora de romances como Tudo é Rio (2014), Véspera (2021) e A natureza da mordida (2022), pela editora Record. Prestes a bater a marca de 1 milhão de livros vendidos, Carla Madeira é a mulher mais lida do Brasil. TODOS os seus livros são arrebatadores.
“Eu acho que a gente nunca sabe exatamente como as histórias começam, porque às vezes é uma faísca. Comecei muito despretensiosamente a escrever, mais pelo gosto de brincar com uma sonoridade”, em entrevista para Maíra Oliveira Graça, parte da equipe do Le Monde Diplomatique Brasil, 2024.
Liana Ferraz
Escritora, atriz e professora, nasceu em 1982 em Bragança Paulista, SP. Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance de estreia Um prefácio para Olívia Guerra (HarperCollins Brasil, 2023). Vencedora do Prêmio Shell (2024) pela dramaturgia da peça Não fossem as sílabas do sábado (adaptação da obra de Mariana Salomão Carrara). É doutora em Artes Cênicas pela Unicamp e pós-doutora pela USP. Mãe da Lorena.
“Escrevo improvisando”, em entrevista ao PublishNews, 2024.
Luisa Geisler
Nascida em Canoas (RS), em 1991, é escritora, tradutora e doutoranda na Universidade Princeton, além de mestre em Processo Criativo pela National University of Ireland e em Estudos Culturais Brasileiros na University of New Mexico. Escreveu, entre outros, Luzes de emergência se acenderão automaticamente; De espaços abandonados; Enfim, capivaras e é coautora de Corpos secos, pelo qual ganhou o Jabuti em 2021. Venceu duas vezes o prêmio Sesc de literatura e foi duas vezes finalista do Jabuti, uma delas com Quiçá. Participou de ações com o Malba, de Buenos Aires, a Serpentine Gallery, de Londres, e a OMI Ledig House, de Nova York. Tem textos e livros traduzidos para mais de quinze países.
“A leitura por si só é imprescindível. Uma leitura descartável são as tretas no Twitter”, em entrevista para Rascunho, 2020.
Marília Arnaud
Escritora e advogada, a autora nasceu na Paraíba em 1958. Suas principais obras incluem Suíte de Silêncios (2012), Liturgia do Fim (2016) e O Pássaro Secreto (2020). Venceu a 5ª edição do Prêmio Kindle de Literatura em 2021. Marília é presença constante em diversas coletâneas de contos, consolidando sua posição no cenário literário brasileiro.
“Leio em qualquer circunstância, diferentemente da escrita, nada me tira a concentração quando estou lendo um bom livro”, em entrevista a Rascunho, 2021.
Ana Maria Gonçalves
Nascida em Ibiá, Minas Gerais (1970) é escritora e trabalhou como publicitária. Suas principais obras são Ao Lado e à Margem do que Sentes por Mim (2002) e Um Defeito de Cor (2006). Foi a oitava mulher negra a publicar um romance no Brasil. Um Defeito de Cor já vendeu mais de 150 mil exemplares, passou da 41º edição e faturou o prestigioso ‘Casa de Las Américas’ em 2007, prêmio outorgado pela instituição cubana de mesmo nome.
“Quando isso acontece com uma pessoa negra, isso cai nas costas de toda uma comunidade. São todos os negros que, de uma forma ou outra, vão pagar por um erro individual”, em entrevista para “Brasil de fato”, 2024.
Tatiana Salem Levy
Nascida em Lisboa, Portugal, 1979. É romancista, contista e ensaísta brasileira. Colunista do jornal Valor Econômico desde maio de 2014. Suas principais obras incluem A Chave de Casa (2007), que venceu o Prêmio São Paulo de Literatura em 2008, e Vista Chinesa (2021), finalista do Prêmio Oceanos e do Prêmio São Paulo de Literatura em 2022.
“O tempo da escrita é um processo interior. O escritor escreve o tempo todo, mesmo quando não está escrevendo. Quando caminho, escrevo muito.” Tatiana S. Levy
Juliana Leite
Nasceu em Petrópolis (RJ), em 1983. Seu romance de estreia, Entre as mãos (2018, Editora Record), recebeu os prêmios Sesc e APCA, foi finalista do Prêmio Jabuti, Prêmio São Paulo de Literatura, Rio de Literatura e semifinalista do Prêmio Oceanos. Foi publicado na França e teve os direitos vendidos para o cinema. Humanos exemplares, seu segundo romance, foi publicado em 2022 pela Companhia das Letras.
“O que temos a fazer é contar histórias, todas as histórias vividas, como quem desfia pouco a pouco o individual para dentro do coletivo.”, em entrevista para Revista Gama, 2023.
Leia também:
Humanos Exemplares, Juliana Leite
Primeiro eu tive que morrer, Lorena Portela
Véspera, Carla Madeira
1 comentário
Oi.
Muito bom ver divulgação de boa literatura contemporânea, escrita por mulheres. Tenho descoberto bons nomes nos últimos anos. Os clubes de leitura normalmente fazem uma boa curadoria nesse aspecto. No meu caso, trouxeram Patrícia Melo e Ana Paula Maia, dentre outras.