“De modo geral, o executivo que desconhece limites, com percepção moral pouco ou nada rígida, que age de maneira irregular, vem perdendo espaço nas empresas. Seu ligar vem sendo ocupado pelo executivo com perfil mais flexível, que ‘dança conforme a música’. Ele não é imoral nem antiético por natureza, mas poderá praticar atos desonestos, que envolvem suborno, fraude ou furto (apropriação indébita)”.
Este o resultado da 5ª Edição do estudo “Perfil Ético dos Profissionais das Corporações Brasileiras”, realizado pela consultoria de gestão ICTS Protiviti e publicado pelo jornal Valor Econômico.
O estudo destaca ainda fatores que podem levar o profissional a agir de forma antiética:
- Aprofundamento da crise econômica causado pela COVID;
- Instabilidade no emprego e o medo de perder o emprego;
- Necessidade de prover a família.
O estudo aponta medidas que a empresa pode tomar para prevenir-se contra medidas antiéticas.
As atitudes antiéticas surgem em face da ausência de programas de compliance ou do afrouxamento desses programas que ajudam a coibir tais atitudes. Compliance, segundo a Wikipedia, “é o conjunto de disciplinas a fim de cumprir e se fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer. O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa ‘cumprir’“.
Menor controle por parte das empresas faz surgir o antiético ou dá-lhe força para agir de forma desonesta. Como se diz popularmente, “a ocasião faz o ladrão”.
A falta de controle leva o indivíduo a ser conivente com irregularidades.
O melhor antídoto, pois, contra a conduta desonesta e antiética é o reforço na área de compliance, de comunicação no âmbito da empresa e tolerância zero. Deixar bem claro para todos que o comportamento antiético não é tolerado e o que acontece com quem infringe as regras de conduta da empresa.