Normalmente, bandidos e criminosos se dizem inocentes e vítimas da Justiça ou seja lá do que for. Dificilmente assumem a responsabilidade pelos crimes que cometeram.
No mundo dos negócios e até mesmo na vida cotidiana, quem tem presença de espírito costuma sair-se bem diante de situação desconfortável e até transforma a dificuldade em comentários inteligentes, por vezes com boa dose de humor.
SOU CULPADO!
Frederico II, o Grande, (1712 – 1786), que governou o Reino da Prússia de 1740 a 1786, o reinado mais longo de qualquer rei da família Hohenzollern, que durou 46 anos. Suas realizações mais significativas incluíram vitórias militares, a reorganização dos exércitos prussianos, o patrocínio das artes e o sucesso na Guerra dos Sete Anos contra as principais potências europeias da época.
Ao fim de seu reinado, a Prússia havia aumentado seus territórios e se tornado potência militar. Daí a razão pela qual ele ficou conhecido como Frederico II, o Grande.
Durante o reinado, Frederico II inspecionou a prisão de Berlim. Ao chegar à prisão, os prisioneiros caíram de joelhos diante dele, afirmando inocência e pedindo liberdade. Desde sempre criminosos mentem e alegam inocência. A visita do rei ao presídio permitiu aos presos a oportunidade de se dirigirem diretamente ao rei para pedir-lhe clemência.
O rei percebeu que todos os prisioneiros alegavam inocência e que apenas um homem permaneceu afastado e silencioso. Frederico II mandou chamá-lo a sua presença.
– Por que está aqui? – perguntou-lhe o monarca.
Respondeu-lhe o homem:
– Por roubo a mão armada, Majestade.
– Você é inocente ou culpado? – nova pergunta do rei.
– Culpado, Majestade. Mereço meu castigo e a pena a mim imposta.
Diante da resposta, Frederico II chamou o guarda e ordenou-lhe:
– Guarda, liberte este canalha de criminoso imediatamente. Não permitirei que ele permaneça na cadeia a corromper toda esta gente boa e inocente.