Esta edição do ‘Espaço i’ traz um pouco da história e sensibilidade da jornalista e fotógrafa Adriana Carvalho Adam, para quem “fotografar é transformar notas musicais em imagens. É enxergar pelas frestas dos cílios as cores das palavras inaudíveis. É ver uma imobilidade emoldurada pela história dos dias e pela soma dos tempos. É desenhar uma emoção com a luz.”
Adriana também é apaixonada por brincar com as palavras, ela gosta de “transformar notas musicais em imagens e enxergar as cores das palavras inaudíveis, justamente para tentar demonstrar a necessidade de ver além para criar, um jeito de soltar a mente e se entregar, inverter o caminho para ser único o seu jeito de olhar”.
Nossa artista formou-se em Comunicação Social – Bacharel em Jornalismo, tem pós-graduação em Produção de Moda e estudou na instituição de ensino Dr. Pictures Estúdio Fotográfico. Quando perguntada sobre sua maior paixão e inspiração na fotografia, ela concedeu o depoimento abaixo ao Espaço i:
“Acredito que meu tema é a fotografia da natureza, que é minha paixão. A fotografia é uma arte, é desenhar e criar, com luz e sombras, utilizando os recursos da câmera fotográfica, mas, mais do que isso, é possuir além do conhecimento amplo de todos os recursos, tais como velocidade do obturador, abertura do diafragma e composição harmônica de imagens, recursos estes, os técnicos, sentir um algo a mais por esta arte.
A intuição nas escolhas, a sensibilidade para enquadrar numa cena, a busca pela beleza única de um momento, que pode ser contemplativo ou jornalístico, aquele que informa com imagens, aquele que mostra ao mundo, situações, acontecimentos. Eu estudei fotografia no meu curso de formação em Jornalismo, em Blumenau, tive esta disciplina, com o enfoque jornalístico, e depois numa pós-graduação em produção de moda e cultura da imagem, tive novamente fotografia, teórica e prática. Com a aquisição, aos poucos, das câmeras e lentes, grande angular e teleobjetivas, e o investimento em mais cursos, meu repertório de imagens cresceu, e, através da visibilidade em mídias sociais, fui convidada a fazer minha primeira exposição, em 2014, no Shopping Atlântico, com o tema ‘Balneário Camboriú em Cor e Poesia’. Foram selecionadas 20 imagens que ficaram expostas durante 10 dias.
Ante o sucesso do evento, no ano seguinte, após uma viagem para a Patagônia Argentina, onde fui participar de um workshop em fotografia, com uma total imersão na natureza, novamente fui convidada a expor no Atlântico, com o tema “As belezas da Patagônia.”
A escolha de fotografar na Patagônia foi por realmente ser a natureza e sua gigante simplicidade minha paixão para fotografar. Sinto-me realizada quando estou fotografando. Atualmente existem celulares com recursos muito práticos para fotografar, que resultam em ótimas fotografias, que eu também uso, mas não se compara a trabalhar no manual com as câmeras, escolhendo a intensidade de luz, escolhendo ISO e todos os ajustes possíveis, para criar a melhor captura possível.
Fotografar pra mim, é desenhar uma emoção com a luz, é enxergar além do visto, é contar uma história, é ver com os olhos do coração, é se emocionar tanto ante algo, que todo o seu corpo se mobiliza para gravar para sempre o instante que passa”.
Canais