Os mercados dos produtos são diferentes, cada um com suas peculiaridades. Entender o funcionamento e as características de um setor de mercado aumentará a compreensão do mercado, e conhecimentos ajudam o raciocínio em sua própria atividade.
Falemos da Embraer, fabricante de jatos comerciais que emprega 18.000 pessoas. A EMBRAER foi criada em 1969 com apoio do governo brasileiro, e seu primeiro avião foi o Bandeirante, avião turbo propulsor, destinado ao uso civil e militar, com capacidade para transporte de 15 a 21 passageiros. A partir dele, outros projetos foram desenvolvidos.
Atualmente, é um conglomerado transnacional brasileiro, fabricante de aviões comerciais, executivos, agrícolas e militares, além de peças aeroespaciais; a empresa é também prestadora de serviços e de suporte na área de aviação.
O processo de vendas de aviões é lento e leva, em média, um ano até a assinatura do contrato. Enquanto isso, a fábrica não pode parar e deve continuar fabricando as aeronaves. Mas a empresa tem de ter paciência à espera de novos clientes, sem parar com a linha de produção.
Durante a pandemia, o setor de aviação encolheu-se diante das incertezas de mercado. Não houve muita compra e nem muita atividade no setor aéreo. Os negócios foram reduzidos. A empresa reduziu o volume de fabricação e reduziu custos, única forma de sobreviver.
No pós-pandemia, há demanda reprimida em todo o mundo, e os negócios voltaram a crescer. Mas surgiram novas tendências.
Antes da pandemia, as empresas aéreas estavam adicionando assentos às aeronaves e tornando-as maiores. Após o COVID, surgiu a tendência de regionalização, que utiliza aviões menores, como os fabricados pela Embraer. Outra tendência é a busca pela sustentabilidade, acentuada pela guerra na Ucrânia, que despertou em todo o mundo a preocupação com a economia de combustível.
As companhias aéreas precisam de lucratividade para pagar as dívidas acumuladas durante a pandemia e a diminuição das viagens aéreas.
Aviões menores têm custo de viagem menor e, portanto, oferecem baixo custo por assento. Aviões maiores precisam de maior potência, precisam utilizar o combustível de aviação, não podem usar baterias e nem podem ser híbridos. Para aviões menores pode-se pensar em eletricidade (baterias como fontes de energia) e em aeronaves híbridas.
A pandemia trouxe mudanças de conceitos, de interesses e de produtos em quase todos os setores.
Provavelmente, a sustentabilidade e a procura por equipamentos mais econômicos persistirão.
Esta matéria tem a finalidade de mostrar a importância do acompanhamento das tendências de mercado e o conhecimento das características de outros setores.
Afinal, as empresas devem estar atentas às novas tendências a fim de se adaptarem às novas condições.