A coroação da rainha consorte Camilla é a coroação do amor.
A coroação do Rei Charles III seguiu a tradição de mais de mil anos. Com ele, foi coroada a rainha consorte Camilla, cujo caminho até a coroa não foi fácil. Ela foi criticada e difamada pelo relacionamento que teve com Charles enquanto ele ainda era casado com Diana.
Na época da morte de Diana (1997), Camilla foi retratada como a mulher mais odiada do Reino Unido, que nunca poderia tornar-se rainha. Nos anos 90, ela não seria aceita como rainha.
A família real fez belo trabalho de marketing a fim de torná-la aceitável pelos britânicos. As pessoas deixaram de ser hostis a ela, e ela se tornou a rainha consorte do Reino Unido.
Camilla manteve-se discreta desde o casamento com Charles em 2005 e dedicou-se a trabalhos sociais em áreas de seu interesse. Tornou-se patrona ou presidente de perto de 100 instituições de caridade do Reino Unido, apoiando temas como saúde, alfabetização, artes, causas animais e apoio a sobreviventes de estupro e agressões sexuais. Prestou grande apoio às vítimas de violência doméstica.
Leitora feroz, Camila também já lançou e continua a lançar campanhas e programas para promover a leitura e a divulgação de livros.
Hoje, esposa do rei Charles III, Camila é a Rainha do Reino Unido e de 14 outros reinos da Commonwealth (Commonwealth of Nations, ou simplesmente Commonwealth, Comunidade das Nações, originalmente criada como Comunidade Britânica de Nações, é uma organização intergovernamental. Os países da Commonwealth não são considerados “estrangeiros” uns aos outros).
A história de Camilla é uma história de amor que, apesar de ofensas, incompreensões e agressividade – potencializadas pelos fatos de seu amor ser pessoa pública, de as ofensas serem oriundas da imprensa e pela simpatia que as pessoas mantinham pela primeira esposa de Charles, Diana – manteve-se ao lado da pessoa amada.
Desde que se conheceram, ela era amiga e confidente de Charles. Ambos compartilhavam interesses comuns, o que os aproximava mais.
Por muito tempo, Camilla foi vista como “a amante de Charles”, que não merecia tornar-se rainha consorte.
Mas ninguém esquece o verdadeiro e único amor. Nem mesmo os reis. Que é o grande amor?
O grande amor é quem está a seu lado, ainda que distante, fazendo-lhe companhia, dando-lhe apoio moral e emocional, fazendo você sentir-se bem e seguro, tornando você uma pessoa melhor, despertando em você sentimentos de ternura e afeto, fazendo você perceber a própria alma e permitindo que você veja e adentre a alma da pessoa amada.
O grande amor é quem ri com você e quem faz você rir; quem ama não faz a pessoa amada chorar e nem a torna triste.
Diana tinha elegância, simpatia e beleza para as pessoas. Mas Camilla sempre teve para Charles elegância, simpatia e beleza (ainda que muita gente questione seus atributos físicos, pelo menos se comparados aos de Diana). É ela que sempre o fez sentir-se apoiado, seguro, compreendido e amado. Que seja, pois, a rainha.
A coroação do rei Charles III representa, para o Reino Unido, a materialização da identidade britânica e da conexão dos outros reinos da Commonwealth, pois a monarquia une os britânicos.
A coroação de Camilla Parker como rainha consorte parece história de conto de fadas. Contudo, mais que história de conto de fadas, representa a história de um grande amor, que superou obstáculos.
Histórias de amor merecem ser narradas e exaltadas.
2 Comentários
Levemente romantizada a história dos dois. O quanto custou ao marido dela, aos filhos e a própria Diane? Vale tudo em nome do amor?
Nunca duvidei desse amor. Era como Yoko e Lenon. Elas representam o porto seguro para eles. Ambos sofreram com a ausência das mães. A figura feminina era um papel de suma importância na vida deles. Proteção, aprovação, confiança, aceitação…