Detalhes e características de “A Última Ceia”, um dos quadros mais famosos do mundo.
Recentemente, o PORTALIMULHER listou 25 obras de arte que transcenderam o tempo e a cultura e marcaram seu lugar na História. Uma das peças listada foi “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, a mais admirável interpretação artística da última refeição de Cristo com os apóstolos.
Pintores notáveis – Gioto, Rubens, Bassano e Dalí – reproduziram a Ceia. Mas ninguém realizou trabalho tão majestoso e que tenha sido objeto de tamanha divulgação. A obra caiu no gosto e na admiração popular, foi reproduzida de diferentes formas e ornamenta a sala de jantar de muitos lares.
“A Última Ceia” é uma das obras mais comentadas do mundo, sobretudo depois que Dan Brown a usou para escrever o “O Código da Vinci”, imaginando enigmas no quadro e repetindo, sem comprovação bíblica, teológica ou histórica, teorias mirabolantes sobre Cristo e tecendo críticas infundadas à Igreja Católica.
“A Última Ceia”, que tem mais de 9 metros de largura e 4,20 metros de altura, foi pintada numa das paredes do refeitório do Convento de Santa Maria de la Gracie, em Milão.

Leonardo trouxe para o quadro o momento em que Jesus anunciou aos apóstolos que seria traído por um deles. Exceto Judas, os discípulos reagem com horror às palavras ouvidas. A expressão deles retrata a surpresa, o horror e o assombro.
Olhando-se “A Última Ceia” da esquerda para a direita, o primeiro que aparece é São Bartolomeu, espantado, com as mãos sobre a mesa. A seguir, São Tiago Menor e Santo André que, chocados, erguem as mãos. Depois, vem São Pedro, que aponta para o centro da mesa, inclinado sobre o atônito São João. Judas foi colocado na frente de ambos, com a mão direita voltada para a bolsa, na qual escondeu as trinta moedas.
No centro da mesa aparece Jesus, sereno e isolado. Sua figura dominante contrasta com a disposição dos apóstolos, divididos em quatro grupos de três. A divisão em grupos traz a ideia de desarmonia, como se todos falassem ao mesmo tempo, questionando-se sobre um fato.
À direita de quem olha, seguem-se São Tomás, São Tiago Maior, São Felipe, São Mateus, São Tadeu e São Simão, todos alvoraçados, com diferentes gestos e com diferentes expressões faciais.
A mesa encontra-se em primeiro plano, apoiada em quatro cavaletes e coberta de ponta a ponta por uma toalha branca. Sobressaem as cores marrom, vermelho e verde, a conferir solenidade e discrição ao evento.
Sobre a mesa, Leonardo colocou alimentos de seu tempo; especialistas identificaram pão, purê de nabos, bolos de peixe. Há copos vazios, que poderiam ter contido vinho.
A serenidade de Jesus destoa e se destaca sobre o horror dos apóstolos, o que Lhe confere majestade divina. Uma janela aberta ao fundo emoldura Jesus. A perspectiva da obra conduz os olhares e a atenção para Jesus.
A verdadeira obra de arte é aquela que exerce poder de atração e fascínio sobre as pessoas, que parecem descobrir novas expressões quanto mais a admiram. Não se cansa de admirar e apreciar uma obra de arte. Este o fim da arte: comover e elevar o espírito e o pensamento de quem a admira rumo à Beleza e à Perfeição.
Foi Leonardo da Vinci que disse que “A arte é Vida, Vida é Amor, Amor é Deus”.