A crença em vida alienígena é compatível com a fé em Deus

A crença em extraterrestres, com progressos científicos e tecnológicos maiores que os nossos e que até poderiam ter visitado a Terra em tempos remotos, não anula a fé em Deus e não se opõe a essa fé. Deus é o Ser Supremo e a Inteligência Suprema, que paira sobre todos e sobre tudo.

Assim como há multiplicidade de vida na Terra – nos mares, na terra, nos desertos, nos polos, nas selvas, na areia das praias – pode haver outros seres, com tipos de vida diferentes dos nossos, na vastidão do Universo. É lógico acreditar que os há.

Não é lógico imaginar que a vida se desenvolveu apenas neste minúsculo planeta, quando se estima que o Universo tem centenas de bilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estrelas e estas sendo orbitadas por pelo menos dois planetas. Imaginar que nós, seres humanos, somos a criação mais elaborada de Deus, depois da qual Ele descansou, evidencia muita pretensão e muita vaidade.

Não acreditar em vida extraterrestre é querer impor limites à Onipotência e à Onisciência de Deus e pretender impor limites à liberdade e à capacidade de criação de Deus. Ao contrário: acreditar em vida extraterrestre é admitir que o Criador se faz presente, por meio da Vida e de Inteligência, em todos os cantos de Sua criação; é admitir e reconhecer Sua Onipotência e Onisciência.

Acreditar que a vida inteligente se desenvolveu apenas neste grão de areia cósmico é questionar a capacidade de criação de Deus e questionar, até mesmo, a relação CUSTO X BENEFÍCIO de criar o Universo, digamos infinito, e criar vida apenas na Terra.

Não há contradição entre ciência e religião quanto à crença em alienígenas. A ciência tenta explicar o que vê e os fenômenos normais que se repetem. A religião acredita no que não se vê e o que apenas se sente no íntimo. A comprovação de vida extraterrestre não muda nada da crença em Deus.

A Bíblia não é um livro de ciência. O livro do Gênesis é uma poesia por meio da qual os autores tentaram explicar, poeticamente, a criação do mundo. Basta ver que, pelo Gênesis, no primeiro dia Deus criou a luz e a treva e as separou. No segundo dia, Deus fez o firmamento e separou as águas. Deus criou o sol e a lua no quarto dia. Como poderia haver dia e noite, se o sol e a lua foram criados somente no quarto dia? Ninguém, até hoje, ofereceu versão tão romantizada da criação que responde a anseios humanos. Então, o Gênesis é uma poesia e não um livro de ciência.

A busca de fatos e de conhecimento sobre o Universo, mesmo a busca da existência de vida extraterrestre, não lança dúvidas sobre a existência do Criador e em nada abala a fé em Deus.