30 de janeiro é o dia dedicado às histórias em quadrinhos. Ao conhecer a história dos quadrinhos e seus personagens que marcaram gerações você entenderá sua importância e sua presença em todo o mundo.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO SÉCULO XIX
As histórias em quadrinhos (também chamadas gibis, HQs e revistinhas) começaram a ser publicadas no Brasil ainda no Século XIX, como caricaturas e charges. A edição de revistas de histórias com sequência em tiras começou no início do Século XX.
O gaúcho de Rio Pardo (RS) Manuel José de Araújo Porto-Alegre, primeiro e único barão de Santo Ângelo (1806 – 1879), escritor, político, jornalista, diplomata, caricaturista e professor, criou a primeira charge em 1837 e a fez circular em papel. Em 1844, ele criou a revista Lanterna Mágica, de humor político.

No final da década de 1860, Ângelo Agostini (1843 – 1910), introduziu temas de sátira política e social em jornais e publicações populares. Agostini, italiano de nascença, veio para o Brasil com 16 anos, tornou-se o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado e criou personagens populares protagonistas de histórias em quadrinhos.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO SÉCULO XX
A revista O Tico-Tico, considerada a primeira revista em quadrinhos brasileira, foi publicada de 1905 a 1957 Âne contou com o apoio de Agostini. O personagem de maior sucesso da revista era o Chiquinho, a qual contava com outros personagens como Bolão, Reco-Reco e Azeitona (os mais experientes se lembrarão deles).

Em 1929, o jornal A Gazeta criou um suplemento de quadrinhos.
Desde 1932, o jornal carioca Diário de Notícias publicava as histórias do marinheiro Popeye, rebatizado no Brasil com o nome Brocoió. Logo surgiram as tiras de aventura do herói de aventura de ficção científica Flash Gordon.
Jornais começaram a publicar romances famosos em quadrinhos no final da década de 1930: “Os primeiros homens na Lua”, de H. G. Wells; “As Minas de Prata” e “O Guarani”, de José de Alencar; e “O Mágico de Oz”, de L. Frank Baum,
PERSONAGENS
Em 1939, o jornal O Globo lançou “O Gibi” com histórias em quadrinhos. O sucesso foi tamanho que a palavra “Gibi” passou a ser empregada como sinônimo de revista em quadrinhos.
Os personagens começaram a surgir fruto da imaginação de autores. O herói das selvas Tarzan surgiu em 1938. Logo depois veio o detetive Dick Tracy.
Os super-heróis da DC Comics surgiram no final da década de 1930: Batman, Super-Homem e Capitão América, que hoje fazem sucesso em filmes. Em 1943, surge o Herói Solitário, o Zorro.

Os personagens da Disney encheram as bancas com revistinhas. Em 1949, foi lançada a revista O Pato Donald e depois vieram as revistinhas do Mickey Mouse, do Zé Carioca e do Tio Patinhas.
Na década de 1950, as histórias em quadrinhos lançam personagens do Velho Oeste – Billy The Kid, Wyatt Earp, Bat Masterson, Cavaleiro Negro, Daniel Boone, Buffalo Bill – e personagens de terror – Frankestein e Drácula.
Na segunda metade da década de 1950, surgem quadrinhos eróticos em formato de bolso, de autoria de Carlos Zéfiro, apelidados de “catecismo”.
Na década de 1960 Maurício de Souza lançou a Turma da Mônica, que faz sucesso até hoje.
Não se pode esquecer de Pinduca, de Pafúncio e Marocas, do Príncipe Valente, do marinheiro Popeye e Olívia, Asterix e o Incrível Hulk…
Muito menos daqueles ainda presente em tirinhas de jornais como o Calvin e Haroldo, o Recruta Zero e Zé do Boné.
SAUDOSISMO
O PORTAL iMULHER pretendia escrever um texto ressaltando a presença da história em quadrinhos na vida de todos. O fato de as HQ existirem há mais de 150 anos e de autores haverem criado tantos personagens, muitos dos quais ainda “vivos” em HQ ou em filmes, mostra a sua importância e sua influência.
O artigo também tornou-se um texto saudosista a relembrar personagens que fizeram parte de leitura e da imaginação de todos.
Certamente faltaram nomes. Porém a matéria terá cumprido a finalidade se fizer você se lembrar de seus personagens favoritos de histórias em quadrinhos.
Boas lembranças!
2 Comentários
Revistas em quadrinhos foram aceleradores de alfabetização e de criar nas infâncias o prazer da leitura. Dizia meu irmão: quando criança eu entrava na história Do gibi… Quando adulto continuei entrando na história dos livros… É como se eu estivesse junto, presente, assistindo… Boas lembranças.
Entrei na leitura e literatura pelo Cordel Nordestino. Eu ficava louco pra saber se a escrita explicava o desenho da capa e isso me levou a começar a ler em tempo recorde. As letras explicam , os desenhos libertam a imaginação. Li de tudo que foi quadrinhos e até hoje embarco nesta nave…