A liberdade em minha opinião é um dos princípios básicos que nunca deveria ser negociado. Nascemos livres e assim deveríamos permanecer por toda nossa existência terrena. A Constituição de 1988, inclusive, assegura a liberdade como um princípio fundamental de todo brasileiro. A liberdade de ser, ir, vir, decidir o que é melhor para nós, onde permanecer, com quem ficar, onde trabalhar, ente muitas outras decisões, deveriam caber somente ao indivíduo em questão. Mas, infelizmente, ainda vemos muitas pessoas cerceadas dos seus direitos fundamentais, principalmente, as que estão presas em relações amorosas que não lhes deixam ser quem são ou até de crescerem.
É óbvio que não podemos fazer tudo que queremos a todo momento. Muitas vezes precisamos recuar ou ceder em prol da boa convivência com os demais. Mas, na maioria das vezes, temos que ter a liberdade de escolha sobre o que é bom ou não para nossas vidas. Sempre digo que a melhor escolha será sempre aquela que nos traga paz.
Porém, para exercer nossa liberdade de escolha e nos priorizarmos, temos que ter autoconhecimento e muito amor próprio. Claro que não devemos ofender ninguém, mas devemos sempre pautar nossas escolhas pensando no nosso bem-estar.
Um bom exemplo de amor próprio é quando estamos em uma relação que, mesmo ambos se gostando, há mais brigas do que momentos de paz e escolhemos acabar com esse ciclo. Amor verdadeiro não pode ser sinônimo de incômodos e brigas em demasia. Mas para decidir terminar o relacionamento, você tem que conhecer seus limites e suas prioridades. Por mais que se goste de alguém, sempre, mas sempre temos que gostar em primeiro lugar de nós.
Toda e qualquer escolha que façamos em nossas vidas deve nos levar em direção a nossa plenitude; tem que nos fazer transbordar no que de melhor temos. Por isso, a liberdade é tão importante. Bendita liberdade de poder escolher onde quero ficar, sem medo do desconhecido. E a decisão pelo que é melhor para nossas vidas não pode, em hipótese alguma, ser terceirizada.
Não adianta fazer uma escolha ruim e depois dizer que a culpa é da mãe, do amigo, ou outra pessoa que queria que você fizesse tal coisa ou namorasse fulano. As consequências de suas escolhas serão sempre suas, e não dos outros. Em resumo: sempre será você com você mesmo. Não ultrapasse os teus limites para fazer os outros felizes. Ficar com alguém com quem não se está feliz só por medo de novas tentativas é morrer lentamente.
Concluo essa coluna com o trecho do livro “Religião e Repressão”, página 9, de Rubens Alves. Esse trecho inclusive já usei em outro artigo sobre o poder da escolha. Escrevo sobre esse assunto justamente porque considero de suma importância e percebo que ainda há muitas pessoas presas em seus medos.
Deixo esse trecho do livro para reflexão dos nossos leitores: “Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio, o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso, trocam o voo por gaiolas, lugar onde as certezas moram.”

7 Comentários
Excelente colocação… é preciso ter autoconfiança e controlar a única “coisa” controlável nossa escolha, e ela termina onde começa a do outro.
Mesmo sendo difícil controlar nossas emoções, se faz extremamente necessário beijos
Admiro muito essa mulher que escreveu a coluna pois me inspiro em todas as palavras colocadas. Obrigada. Por mais editais assim.
Muito obrigada, Jenifer. A recíproca é verdadeira. Precisamos sempre nos fortalecer. Beijos
Admiro muito essa mulher que escreveu a coluna pois me inspiro em todas as palavras colocadas. Obrigada. Por mais editais assim.
Texto oportuno no momento presente onde entende-se que a escrita não se refere a não seguir leis ou regras pontuais a civilização e sim a liberdade de escolha do indivíduo dentro de sua própria vida no sentido de buscar pela paz interior pelo que vibre alto em seu coração e que sim é possível analisarmos o todo e escolhermos o que faz sentido a nós.
Adriana essa busca tão necessária, né. Paz de espírito!