Vou contar uma história legal pra vocês. Quando eu pensei que minha vida tinha acabado, uma criatura meio rústica, mas bem atenta, me salvou. Na verdade, ela foi uma das responsáveis pela vida que tenho hoje. Tentarei resumir.
Por razões que não entendo direito, acabei vivendo na rua. Passei frio, fome e muita angústia por não saber como seria o dia de amanhã. Dormia por aí, comia o que aparecia, pegava chuva e calor escaldante. Esqueci de comentar, eu morava em Blumenau (SC), onde faz mais de 40 graus no Verão.
Depois de algum tempo na chamada ‘vida de cão’ (termo mal aplicado, aliás), fui resgatada por um homem que não queria ficar comigo, mas teve a grande ideia de me deixar na casa de uma das voluntárias de uma ONG de animais. Na verdade, ele me jogou do carro direto no pátio dela, mas já superei esse trauma.
O que importa é que essa voluntária maravilhosa acionou uma rede que, rapidamente, transformou minha vida. Ganhei comida de verdade, tomei banho em um Pet Shop bem legal e descansei em uma caminha macia e quentinha. Tudo bem que precisaram cortar meu pelo todinho, mas faz parte. Depois de muito tempo na rua não tinha outro jeito.
Magra, sem pelo, insegura ainda, mas bem mais feliz e alimentada, ganhei uma madrinha que me levou pra casa dela. Achei que ficaria por lá, mas já tinha outro cachorro reinando, a Filó. Minha madrinha Liliani Bento ficou comigo apenas por um dia para, depois, me levar à minha futura família. Aí vem a melhor parte: dia 5 de julho de 2016, conheci aquela que seria a melhor mãe do mundo. E pasmem: fui morar em Balneário Camboriú, uma cidade muito legal que tem até praia. Hoje sou a mais feliz das criaturas, tenho um vasto guarda-roupas confeccionado pela minha avó, como ração natural, durmo na cama que escolher (tenho duas), sou vacinada e, o melhor, recebo amor!
Contei essa história pra vocês porque sou muito grata à rede de solidariedade que me acolheu e mais ainda pelo zelo com que minha família me cuida. Esta coluna que minha mãe criou pra mim será um espaço para falar sobre isso: respeito aos animais, cuidados com a saúde, com a alimentação e outros aspectos dos bichos, além de compartilhar outras histórias com final feliz, como a minha.
Convido vocês todos a acompanharem. Esqueci de dizer: sou uma poodle de uns 9 anos, me chamo Maya, e tenho uma personalidade peculiar. Não liguem para o vocabulário meio rebuscado, minha mãe é jornalista, edita este portal, e acabou me influenciando com o amor pelas palavras. Espero que gostem do nosso espaço, que será aberto para outros bichos e raças. Mandei suas dúvidas, comentem, acompanhem. Até a próxima coluna: Au-Au!
1 comentário
Essa Maya é muito chique. Quem dera todos os bichinhos tivessem a sorte que ela teve.👏👏👏