“Amor não tem idade! Nesse momento, estou vivendo uma experiência maravilhosa que me traz esperança de vida, amor e alegria”, declarou recentemente a jornalista Mônica Poppovic, 69 anos. Essa declaração no perfil dela no Facebook me levou a assistir um vídeo em que ela relata como encontrou o atual namorado. E me veio a ideia dessa coluna. Tem idade para amar? E outra questão mais complexa: é possível reencontrar alguém que foi importante em um passado, às vezes bastante distante, e reacender a chama? Eu diria que quando se trata de amor todas as possibilidades são válidas.
Porém, amar, quando estamos mais velhos, acredito que seja uma decisão, e não um arroubo, como o é na juventude. Provavelmente, as boas lembranças de outrora tragam um bem-estar que serve de pontapé inicial para a pessoa tentar de novo. Lembrando que, apesar do que viveram no passado, essa é uma nova história e nenhum dos dois permaneceu o mesmo.
Quando se trata de amor há muitas teorias. E uma delas é a de que quando o amor é verdadeiro, nem o tempo, nem a distância, nem as dificuldades são motivos para apagar a chama do sentimento, independente de quanto tempo se passe. Vem com novas cores, novos sonhos, novos propósitos, mas volta para o seu destino.
Dizem que não tem como se lutar contra o destino. Que quando é para ser, o Universo dá um jeito de fazer as pessoas se encontrarem ou se reencontrarem, se for o caso. Mesmo contra tudo ou todos, um encontra o caminho do outro. Sempre questionei essa teoria, visto que acredito que o sentimento se constrói com a convivência. Mas, tenho revendo minhas crenças, diante dos exemplos que derrubam minhas ideias.
E o questionamento que fica é: se era amor verdadeiro, por que acabou? Por que um não procurou o outro durante tantos anos? A indagação é boa. No entanto, temos que levar em conta que o ser humano é muito complexo, cheio de medos e inseguranças, orgulho e outros sentimentos contraditórios. E, somente com o passar dos anos vamos ficando mais flexíveis, menos exigentes, menos orgulhosos e mais focados em ser feliz.
Muitas vezes as pessoas se encontram no momento errado, quando um está focado na carreira ou em outra área de sua vida, ou está com uma viagem marcada para o exterior. E preferem não se envolver seriamente para não sofrer a dor da despedida. E, em outros momentos, até se relacionam, mas por falta de maturidade acabam brigando por alguma bobagem e os anos passam com os dois tentando em vão se acertar com outros pares. No fim, acabam se reencontrando. Seria por obra do destino?
Pensei muito sobre o assunto e acredito que tudo acontece exatamente como deve acontecer para que haja crescimento e evolução em todas as áreas de nossas vidas. E se, depois de estar equilibrado e feliz com suas escolhas, reencontrar alguém que foi importante no teu passado, certamente saberá valorizar e investir nesse sentimento com mais maturidade.
Quando valorizamos algo, cuidamos mais, não somos irresponsáveis com o que falamos ou fazemos. E, esse cuidado, essa sabedoria de que é necessário amar mais, são os benefícios da maturidade. E, por essa pessoa estar nos fazendo tão bem é que aprendemos a aceitar melhor as diferenças e a sermos mais resilientes e conduzir de uma maneira mais assertiva esse sentimento que transborda tanto em uma palavra tão pequena: AMOR.
1 comentário
Na minha opinião não existe limites para ser feliz. São momentos, oportunidades que passam e talvez não voltem.