A Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou pesquisa sobre o trabalho autônomo no Brasil, denominado Sondagem do Mercado de Trabalho, na qual procurou conhecer os trabalhadores que atuam por conta própria e os motivos que os levaram a essa condição. Realizará pesquisa semelhante trimestralmente.
A Fundação, instituição brasileira privada de ensino superior, possui longa tradição de excelência em pesquisa, inovação e consultoria em Administração, Economia, Direito e Ciências Sociais. Em 2016, foi considerada uma das 10 melhores Think Tanks do mundo. (Think Tanks é a definição dada a laboratório de ideias, gabinete estratégico, centro de pensamento, de natureza investigativa ou reflexiva).
Suas pesquisas têm credibilidade e confiabilidade e poderão ser de boa valia para nossas leitoras.
A Sondagem do Mercado de Trabalho entrevistou perto de 2 mil pessoas no país com mais de 14 anos.
O gráfico mostra que um terço dos trabalhadores tornou-se autônomo por necessidade de renda, depois de ficar desempregado. (ver gráfico)
Os pesquisadores acreditam que 2023 terá crescimento dos trabalhadores por conta própria em razão da possibilidade de o mercado enfraquecer este ano. O mais provável é que o emprego formal fique estagnado.
Em razão da pandemia, que gerou grande crise no mercado de trabalho, em 2019-2020 houve o crescimento do trabalho autônomo. O crescimento se mantém desde então, no ritmo de 10% ao ano.
Os números da Fundação Getúlio Vargas indicam que existem hoje perto de 25 milhões de trabalhadores autônomos no país. 75 milhões são trabalhadores com carteira assinada.
O maior medo dos trabalhadores autônomos é ficar doente ou incapacitado. Esse risco pode ser diminuído por meio de contribuição social.