“Só envelhecemos de fato quando nos fechamos para a vida e para o novo. Quando ficamos radicais, impacientes e inflexíveis, quando nos conformamos com a infelicidade. Por isso, eu não tenho idade, tenho vida!”, escreveu sabiamente Sheila Bartz Costa e teve sua mensagem amplamente difundida nas redes sociais. Nos últimos tempos, muito tem se falado do movimento ageless, em que as mulheres não se prendem as regras pré-estabelecidas sobre o que combina com sua idade e que padrão de comportamento adotar a partir de uma determinada idade.
Afinal, quem disse que chegar a uma certa idade é um decreto do que se pode ou não fazer nos anos que nos restam? Cresci ouvindo que depois dos 40, mulher não usa saia e nem shorts curtos; depois dos 50, o cabelo não pode ser comprido; e depois dos 60? Nem pensar em usar batom vermelho. Quando foram escritas essas regras e quem as determinou? Estou preparada para quebrar todas elas. Aliás, adoro saias e shorts curtos.
O mundo mudou e com ele as regras sobre sociedade e o que é ser feliz. Temos que ter liberdade para ser quem quisermos, realizar o que desejarmos fazer, desde que não prejudiquemos ninguém, independente da nossa idade. Aliás, se for para prejudicar, que seja para escandalizar quem não gosta de ver gente feliz na própria pele, fazendo suas escolhas de acordo com o seu bem-estar.
A cada dia aumenta o número de pessoas, mulheres e homens, que resolveram dar um basta à ditadura da idade e estão provando, por meio de exemplos, que há vida em qualquer idade e que devemos saborear o que há de mais bonito em cada estação, independente se nascemos no Século XXI ou no passado. Muitos riem quando brinco que nasci no século passado. Mas é verdade, eu e boa parte dos meus leitores, nascemos no Século XX.
Ainda faltam muitos anos para essa escritora chegar aos 70 anos, mas, nessa coluna, quero homenagear as pessoas que até já passaram dessa idade e não estão preocupadas com o registro na identidade. Entre tantos bons exemplos, temos Helô Pinheiro, que aos 77 anos não se faz de rogada em tirar fotos de biquini e colocar no seu Instagram. A eterna musa inspiradora dos músicos Tom Jobim e Vinicius de Moraes mostra com isso que é possível ser uma mulher linda, independente do que consta no registro.

Betty Faria, 81 anos, também no início do ano, postou uma foto de maiô branco com a legenda: “cheia de esperança”. A coragem de se expor em trajes de banho, mostra que não existem regras. Onde está escrito que uma mulher depois dos 40 anos não pode usar um biquini? Menos conhecida, mas não menos importante, nessa trajetória em defesa das pessoas não serem cerceadas por sua idade, está Rosa Saito, 71 anos, que começou sua carreira de modelo aos 68 anos. Ela decidiu deixar de ser dona de casa e aceitar um dos três convites que recebeu para ser modelo. Ela passou boa parte da vida cuidando dos outros e resolveu que estava na hora de fazer algo por ela.

Um bom exemplo masculino que não conta os anos que já viveu, mas que torna cada dia que passa especial, é o ator Ary Fontoura, 90 anos. Na pandemia, ele se reinventou e tornou-se um influenciador digital. Com 90 anos de idade, hoje, ele conta com 4,9 milhões de seguidores no Instagram. Esses exemplos mostram que não há idade para realizar mudanças de rota em nossas vidas. O importante é e sempre será que façamos as coisas em busca do nosso bem-estar, de sermos felizes e ficarmos em paz com nossas escolhas. E para isso não tem idade. Essa mudança pode acontecer aos 20, aos 40, aos 60, aos 90. Enquanto você estiver respirando, é possível e válido mudar a rota e experimentar coisas novas, se esse for o seu desejo!
8 Comentários
Show.
Baita conteúdo.
Inspirador!
Obrigada, Carlos!!!
Texto perfeito..estou chegando aos 60 anos em agosto, e não sou uma velha… sou uma mulher.. uma mulher que gosta muito da vida e que quer viver muitas aventuras ainda..que ainda quer um amor..um companheiro com a mesma intensidade que eu tenho… e sim eu uso biquíni e não tenho o corpo maravilhoso..mas eu tenho um corpo que eu amo… e o que pensam disso não é problema meu rsrsr… vamos viver intensamente enquanto estamos respirando como diz sabiamente a colunista Liliani Bento..e viva a vida 👏👏👏👏🌻
Obrigada pelas palavras, Maristela. É assim que penso: temos que ser felizes com o que temos e com quem somos. Todas as fases da vida têm coisas boas e outras nem tanto. O segredo é aprender a equilibrar e aproveitar as coisas boas!
Texto inspirador parabéns! O importante é que sejamos felizes com a idade que temos, a vida é bela!
Isso mesmo, menos vitimização. Vamos ser protagonistas da nossa história.
Querida,
Temos a idade que nossa cabeça tem. Minha avó aos 40 tinha a mesma “cara” de quando fez 90, ou seja, pôs na cabeça que era vós e acabou.
Um beijão pra ti lindona! ❤
Marcos muito interessante tua contribuição. E a mais pura verdade. Tudo está no nosso cérebro. Beijo