História de bem sucedidos empreendimentos que transformaram o Rio Grande do Sul em polo cervejeiro.
O gosto do gaúcho pela cerveja é herança dos imigrantes alemães. O SEBRAE gaúcho percebeu o gosto do gaúcho e, em 2015, deu início a projeto para desenvolver microcervejarias regionais. O projeto incluiu cursos e oficinas de gestão, marketing e finanças e ofereceu consultorias para troca de experiências.
O Rio Grande do Sul concentra nove dos dez municípios com maior número de cervejarias por habitantes. Tornou-se, assim, um dos principais polos cervejeiros do país.
O Rio Grande do Sul é o segundo Estado brasileiro com maior número de cervejarias registradas (258) e perde apenas para São Paulo, que tem 285, segundo o Anuário da cerveja 2020, divulgado pelo Ministério da Agricultura. Mas tem a vantagem do fomento ao empreendedorismo, à produção e distribuição regionais, o que é bom para a economia local.
As cervejarias começaram com experimentos e produção pequena. Expandiram-se e o negócio cresce por meio de franquias.
As cervejarias regionais trazem benefícios para a economia regional. Atendem à demanda da população. A produção se diversificou; cervejarias produzem cerveja clara, escura, suave, intensa e até com frutas. As cervejas locais desenvolveram receitas especiais: uma cerveja branca feita com cascas de laranja e bergamota, outra feita com mel de produtor rural.
O aumento da produção de cerveja trouxe consigo o aumento do número de restaurantes. A cervejaria 4Beer, criada em 2016, tem modelos diferentes de franquias: franquia de bar e restaurante ou franquia apenas do fornecimento da cerveja.
O desenvolvimento socioeconômico das cidades que têm fábricas de cerveja artesanal é consequência natural, porquanto as cervejarias criaram empregos que proporcionaram o aumento da renda do município, de que decorre melhor qualidade de vida das pessoas.
As cervejarias passaram a necessitar de maior quantidade de lúpulos, o que incentivou o produtor rural a aumentar a plantação de lúpulo.
De quebra, as cervejarias ainda movimentam o turismo regional.
Tudo começou com o SEBRAE do estado que identificou o interesse das pessoas por cerveja na região e promoveu cursos para habilitar pessoas e incentivou o empreendimento.
A iniciativa dos empreendedores veio ao encontro do interesse dos consumidores pela cerveja. O dinamismo do mercado consolidou o êxito da inciativa. Junto comas cervejarias, vieram bares, restaurantes, franquias, produção agrícola e turismo.
O mercado não deve ser tolhido pela burocracia e nem pela mão pesada do burocrata do estado gestor, que julga tudo saber e tudo poder controlar.
Oportunidades e opções continuarão surgindo.