Resumo de notícias da semana

DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA

O Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, apresenta o número de casos de dengue, chikungunya e zika em 2024 (atualizado até o dia 7 de junho):

                                               DENGUE

                                                                                 CHIKUNGUNYA

                                                                                    ZIKA

Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses (Ministério da Saúde). Atualizado em 7 de junho de 2024.

DENGUE

Conforme previsto, o número de casos de dengue e chikungunya caíram em junho em razão do clima mais frio, que impede a reprodução do mosquito.

CLIMA

O mês de maio de 2024 foi o mais quente já registrado. Segundo o Observatório Europeu do Clima Copernicus, o planeta bateu recordes mensais de calor sucessivamente há 12 meses e a tendência é de mais calor recorde para os próximos 5 anos.

2024 contou com o fenômeno climático natural El Niño, que contribuiu para aumentar os efeitos do aumento da temperatura. El Niño está chegando ao fim e será sucedido pelo La Niña, que traz temperaturas mais amenas.

CLIMA II

Estudiosos do clima tomam por base o período pré-industrial de 1850-1900, antes da existência de máquinas e indústrias, para comparação do clima daquela época com atual, a fim de comprovar a influência humana no aumento da temperatura global. O aumento de gases na atmosfera, causado pelos gases expelidos por máquinas, indústrias e veículos motorizados, cria o efeito estufa, camada de gases que impede a dissipação do calor no espaço. A concentração do calor causa o aumento da temperatura no planeta.

Em maio de 2024, a temperatura média mundial foi 1,52 graus centígrados acima da média da temperatura da segunda metade do Século XIX. O Acordo de Paris, tratado internacional firmado em 2015 que aborda questões de adaptações e financiamento ao mitigamento das mudanças climáticas, estabeleceu como meta a redução de emissão de gases estufa a fim de limitar o aumento de 1,5 graus centígrados. Esse limite de 1,5 graus limitaria os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a humanidade está próxima do limite de “não-retorno”, o que significa que os efeitos climáticos continuarão a existir com maior intensidade e frequência.

GALPÕES LOGÍSTICOS

Além de rodovias, pontes e ferrovias, as enchentes no Rio Grande do Sul causaram danos a galpões de armazenamento de mercadorias, afetando toda a distribuição logística do estado.  Pelo menos 4,5% da área total de galpões do estado foram afetados pelas águas e paralisaram as atividades.

Os dados são Consultoria Newmark.

USO DO CELULAR

A jornalista Luciana Garbin publicou no jornal O Estado de São Paulo interessante crônica sobre o uso do celular em sociedade. Ela observa que se tornou comum pessoas trocarem uma companhia (em um jantar ou em encontro social) pelo uso do celular. Muitos defendem o hábito com argumentos inexpressivos: conferir mensagens, fazer selfie, verificar dispositivos de segurança.

Garbin cita estudo, publicado no Journal of Experimental Social Psychology, que conclui que o celular distrai o foco dos amigos e familiares e reduz o bem-estar proporcionado por interações sociais.

Os pesquisadores dividiram os participantes do estudo em 2 grupos reunidos em uma sala durante 20 minutos: um grupo com acesso e outro sem acesso ao celular. O estudo indicou que os telefones nada acrescentaram ao encontro e nem ao grupo. Os integrantes do grupo com acesso ao celular relataram experiências negativas do encontro e socializaram menos. Foi criada nova palavra em inglês, phubbing, para significa ignorar alguém ou deixar de conversar com alguém por causa do celular. Phubbing provém de phone (celular) + snubbing (esnobar).

Não cometa phubbing, ato de indelicadeza, de falta de elegância e de falta de educação.

ECOANSIEDADE

Embora o termo “ecoansiedade” ainda não se tenha popularizado, estudo publicado pela “The Lancet Planetary Health” (revista científica para investigação sobre civilizações humanas sustentáveis, que publica pesquisas e análises que abrangem o desenvolvimento sustentável) verificou que a preocupação com as mudanças climáticas tem afetado a vida das pessoas.

Mais de 50% dos 10 mil entrevistados relataram sentimentos de tristeza, raiva, ansiedade, impotência e culpa relacionadas às alterações climáticas e que esses sentimentos afetam negativamente sua vida.

A “ecoansiedade”, que esta relacionada a sentimentos de impotência diante de problemas ambientais, não é considerada uma doença, mas pode causar impactos emocionais em pessoas mais frágeis.

A melhor conduta para prevenir a ecoansiedade é cuidar da Natureza e do meio ambiente em sua vida, em seu bairro e em sua cidade.

MEIO AMBIENTE

Verdade que os dados em relação ao clima global e ao meio ambiente não são positivos e podem causar estresse e preocupação quanto ao futuro do planeta e dos filhos.

No entanto, pequenas atitudes cotidianas, além de serem formas de fazer com que a pessoa se sinta envolvida na questão do meio ambiente e participe de ações em prol do planeta, podem ajudar a reduzir mudanças climáticas. O papel de grandes indústrias, de empresas e de governantes é maior que o de pessoas em geral.

Contudo, a escolha de consumo mais consciente pode auxiliar no todo. Cada pessoa pode utilizar o conceito dos 3R: reduzir, reutilizar e reciclar.

Reduzir o consumo de produtos descartáveis, reutilizar itens sempre que possível e reciclar materiais como vidro, plástico e papel.

O consumo consciente de energia elétrica e de recursos hídricos (agilizando o banho e deixando a torneira fechada enquanto escova os dentes) são medidas que, por menores possam parecer, terão influência no consumo global.

MALDADE HUMANA

Einstein disse que a diferença entre a estupidez humana e o Universo é que o Universo pode ter limites. A frase cai bem quando se vê a notícia de que o Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou operação contra esquema de desvio de donativos enviados para pessoas atingidas pelas enchentes. O esquema envolveu secretário municipal, vereador, futuros candidatos,  que estariam se apossando dos bens com o intuito de distribuí-los durante a campanha eleitoral.

A investigação teve início a partir de denúncias que davam conta de vereadores e políticos se aproveitando de cargos ocupados para desviar donativos em troca de votos.

Houve investigações nas cidades de Cachoeirinha e Eldorado do Sul, cidades da região metropolitana de Porto Alegre, Palmares do Sul e Barra do Ribeiro. A identidade dos investigados foi mantida em sigilo.

ACIDENTES AÉREOS

2024 está caminhando para bater outro triste recorde. Além do recorde do número de casos de dengue e de óbitos em razão da doença, o Brasil registrou teve, até o início de junho, 1.384 ocorrências aeronáuticas, dos quais 78 foram classificados como acidentes, 19 como acidentes fatais que resultaram em mortes. Em 2023, o país registrou 1.390 ocorrências e 156 acidentes, sendo 29 deles fatais, com 72 mortes.

Os dados são do Painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), ferramenta do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Para o Cenipa, acidente é a ocorrência aeronáutica relacionada à operação de aeronave tripulada. Acidente fatal é a ocorrência em que algum dos ocupantes da aeronave sofre lesão fatal.

O último acidente fatal foi a queda de avião de pequeno porte que tinha saído de Minas Gerais com destino a Florianópolis e caiu nas proximidades de Joinville, Santa Catarina, causando a morte de duas pessoas.

FRASES DA SEMANA

CLIMA

“Não somos os dinossauros. Somos o meteorito. Não estamos apenas em perigo. Somos o perigo”.

António Guterrez, Secretário-Geral da ONU, sobre a ação humana no aumento da temperatura global.

CLIENTES

“Você tem que escutar os clientes e então agir com base no que eles disseram”.

Charles Lazarus, (1923 – 2018), empresário, executivo e pioneiro americano na indústria de brinquedos de varejo.