Resumo de notícias da semana
Casos de dengue
ATÉ 15 JUL | ATÉ 22 AGO | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 1.642.986 | 1.648.230 | 5.244 |
ÓBITOS | 1.558 | 1.586 | 28 |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 433 | 398 | —- |
Casos de chikungunya
ATÉ 15 AGO | ATÉ 22 AGO | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 120.474 | 122.027 | 1.553 |
ÓBITOS | 106 | 105 | —– |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 73 | 72 | —– |
Casos de febre oropouche
ATÉ 15 AGO | ATÉ 22 AGO | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 11.900 | 11.904 | 4 |
ÓBITOS | 5 | 5 | —– |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 2 | 2 | —– |
Dados extraídos do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde e atualizados até o dia 22 de agosto.
Dengue e chikungunya
Nos meses de inverno, é natural que ocorra menor número de casos de dengue e Chikungunya.
Mas os cuidados para prevenir as doenças devem permanecer, pois o mosquito se reproduz bem mais no verão.
Paixão por mulher virtual
Um chinês de 75 anos, identificado apenas como Jiang, pediu o divórcio depois de se apaixonar por uma mulher criada por IA, segundo o jornal Hua Daily News.
Jiang ficou dependente da interação com a mulher virtual e ficava horas ao celular interagindo com a IA. Ele começou a ficar mais apaixonado porque sempre lhe respondia todas as mensagens e concordava com o que ele falava.
Jiang, então, revelou à esposa a paixão nova namorada e pediu o divórcio, pois queria ficar com a mulher virtual. Os filhos do idoso, adultos, com dificuldade convenceram o pai a manter o casamento pois a “namorada” era virtual e não existia de fato.
Segundo jornais chineses, o caso não é único e situações semelhantes têm se tornado comum, principalmente com idosos.
A IA tem criado mulheres com diferentes aparências para suprir necessidades emocionais distintas: estudantes com voz infantilizada, garotas afetuosas, outras com aparência profissional, tudo com o objetivo de explorar carências alheias e estimular o consumo.
Radares em rodovias
A Justiça Federal em Brasília determinou ao governo reativar os radares de velocidade nas rodovias federais, paralisados desde o dia 1º de agosto por falta de recursos. A juíza federal Diana Wanderlei destacou que a falta de recursos coloca em risco a vida de grande número de pessoas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) informou que precisa de R$ 364,1 milhões de reais para manter os aparelhos em funcionamento em 2025, mas o orçamento disponível é de apenas R$ 43,4 milhões. O Dnit tem 21 contratos com empresas para manterem cerca de 2 mil radares em quase 54 mil quilômetros de rodovias no país.

Em razão da determinação da Justiça, o governo deverá realocar recursos ou abrir crédito extraordinário para bancar o religamento dos radares.
A arrecadação da União com multas por excesso e velocidade supera R$ 1 bilhão anualmente. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans).
Prejuízos pela falta de radares
Ao deixar os radares fora de serviço, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 500 milhões líquidos em multas, descontado o valor da manutenção dos equipamentos.
Além do que deixa de arrecadar, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que o custo de mortes e acidentes em rodovias para o Sistema Único de Saúde (SUS) chega a R$ 22,6 bilhões.
Mortes por picada de abelhas
Entre 2021 e 2024, o número de ataques de abelhas africanas passou de 18.668 para 34.252, aumento de 83%.
O número de óbitos também cresceu 123% no período, passando para 125 casos em 2023 e 2024.
Para fins de comparação, em 2024 o número de ataques de abelhas ultrapassou o número registrado de ataques de serpentes.

Não há número certo de picadas que podem levar alguém a óbito: a pessoa que tem alergia grave ao veneno das abelhas pode ir a óbito com apenas uma picada que desencadeia choque anafilático, reação alérgica grave e potencialmente fatal.
Alguém não alérgico pode falecer em decorrência de grande número de picadas de abelhas simultaneamente. O excesso de veneno pode provocar intoxicação, com complicações neurológicas e renais.
Atualmente não existe antídoto contra o veneno de abelhas nos moldes dos soros contra picadas de escorpiões e serpentes.
Influencers
Quase que diariamente, os jornais estão a noticiar a prisão ou a condenação de “influencers” por diferentes motivos. Nesta semana, duas “influenciadoras digitais” cariocas foram condenadas a 12 anos de prisão, em regime fechado, e ao pagamento de R$ 20 mil de indenização para cada uma das vítimas por injúria racial.
Em 2023, as “influencers” publicaram vídeos entregando uma banana e um macaco de pelúcia para duas crianças negras que, na época, tinham 9 e 10 anos de idade.
Os pais têm que estar atentos aos tipos de influência que os filhos recebem pelas redes sociais e aos “influencers” a quem seguem.
Cassação do visto
O Departamento de Estado dos Estados Unidos cassou o visto de acesso àquele país do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e do senador Rodrigo Pacheco. Na semana anterior, havia cassado o visto do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de seus familiares, esposa e filha. Vergonhoso que autoridades do governo tenham o acesso barrado à maior democracia do mundo.
Os Estados Unidos utilizam o critério de cancelar o visto de violadores de direitos humanos e, no caso de Padilha, aqueles que apoiaram e ajudaram a ditadura cubana. Padilha foi o ministro da Saúde que criou e desenvolveu o “Mais médicos”, programa que visou enviar dinheiro para o regime cubano.
Cada médico que vinha para o Brasil recebia cerca de R$ 3 mil, e os R$ 8 mil restantes, que compunham seu salário, eram destinados ao governo cubano.
Qualquer país tem o direito de selecionar as pessoas que deseja receber e aquelas que não são bem vindas, assim como qualquer pessoa seleciona aquelas que deseja receber em sua casa.
Há uma citação que diz que países democráticos impedem a entrada no país, e regimes comunistas impedem a saída de seu povo. Cuba proibiu que os médicos cubanos trouxessem a família para o Brasil e mantinha os familiares como reféns em Cuba para evitar deserções dos médicos. Características de trabalho escravo.
Lei Magnitsky
O assunto dominante da semana foi a aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes, ministro do STF e suas consequências.
No dia 19, o ministro Flávio Dino publicou decisão proibindo a aplicação de leis estrangeiras em território brasileiro sem a autorização do STF. A decisão, claro apoio ao colega Moraes, é desnecessária porque leis de outros países não são aplicáveis no Brasil e teve o feito de causar prejuízos aos bancos do país.
A Lei Magnitsky proíbe as empresas americanas tenham negócios com o sancionado, incluindo negócios bancários em dólar, ter contas bancárias, assinatura de Netflix, utilização do Uber, uso de cartões de crédito americanos.
Como foi o primeiro caso da aplicação da lei em brasileiro, surgiu a dúvida se os bancos brasileiros deveriam apenas cancelar o cartão de crédito Mastercard e Visa, ambos americanos, e se poderiam manter a conta corrente de Moraes. Aí apareceu a decisão do ministro Flávio Dino proibindo a aplicação de sanções, determinadas pelos Estados Unidos, no Brasil.
Sanções primárias e secundárias
O sancionado pela Lei Magnitsky sofre as sanções primárias, As sanções secundárias são aplicadas às empresas norte-americanas e às empresas estrangeiras que têm negócios no Estados Unidos que dão apoio ao sancionado.
Ao fazerem negócios com os norte-americanos, as empresas brasileiras assinam contrato no qual consta o compromisso de respeitar a Lei Magnitsky.
O sistema bancário brasileiro e todos os bancos dependem da tecnologia americana que controla o sistema SWIFT, que faz as transações internacionais. Créditos para pagamentos de importações e exportações e financiamentos, necessários para o país, são feitos em dólar por meio do sistema SWIFT.
Por contrato, os bancos brasileiros estarão sujeitos a sanções caso apoiem Moraes. No caso, as sanções decorrem do contrato assinado com os americanos e não de lei do governo americano.
O Banco francês BNP Paribas
O Banco francês BNP Paribas, um dos maiores da Europa e presente em 75 países, desobedeceu a Lei Magnitsky e fez negócios com Cuba, Irã e Sudão, entre outros, todos sancionados, entre os anos de 2002 e 2012.
O BNP fraudou documentos para esconder da fiscalização americana as transações. Descoberto, o BNP, com medo de ser sancionado e de se tornar um pária na comunidade financeira internacional, negociou para evitar o julgamento em tribunal americano e aceitou pagar a multa de 8,9 bilhões de dólares, cerca de 48 bilhões de reais atualmente.

Além da multa, o BNP foi excluído por um ano de negociar em dólar no mercado de petróleo e gás e 13 diretores do banco foram desligados.
O governo francês não se manifestou sobre a multa aplicada ao banco e ficou distante da bagunça, pois foram operações fraudadas por banco privado.
O caso do Banco BNP Parriba é emblemático e deve servir de exemplo para as entidades e empresas de qualquer país, que fazem negócios em dólar ou com instituições americanas, que pretenderem apoiar Moraes.
Cartão ELO
O Banco do Brasil ofereceu a Moraes o Cartão de Crédito ELO, criado e instituído no país pelo Banco do Brasil Bradesco e Caixa Econômica Federal. Teoricamente, cartão genuinamente nacional, que não se sujeitaria às sanções da Lei Magnitsky.
Mas o Banco do Brasil e o Bradesco têm filiais nos Estados Unidos, negociam em dólar e dependem do sistema SWIFT, fato que os torna possíveis alvos de sanções secundárias da Magnitsky caso prestem apoio a Moraes.
Frases da semana
Moda e estilo
“Moda passa, estilo permanece”.
Coco Chanel (1883 – 1971), fundadora da marca Chanel.
Soberania
“O Brasil está colocando a questão da soberania em um ponto perigoso”.
Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, ao jornal O Estado de São Paulo, sobre a escalada do conflito do Brasil com os Estados Unidos em razão da falta de diálogo entre os governos e do discurso demagógico do presidente brasileiro em nome da soberania.
Exageros
“A medida do STF de cobrar a multa, devida pela empresa X (ex-Twitter), da empresa Starlink (ambos eram do mesmo proprietário, mas com CNPJ diferentes) foi uma barbaridade. Houve exageros do Supremo, sim, e a consequência disso é que hoje há a sensação de que o direito de propriedade no Brasil é questionável. A gente ficar gritando ‘soberania, soberania’ não vai ajudar em nada”.
Idem.