Notícias que foram destaque na semana.
CASOS DE DENGUE E CHIKUNGUNYA NO BRASIL EM 2024
DENGUE | CHIKUNGUNYA | |
Número de casos prováveis até 22 de novembro |
6.606.418 |
264.970 |
Aumento do número de casos na semana |
12.479 |
538 |
Número de óbitos decorrentes até 1 de novembro |
5.915 |
210 |
Aumento do número de óbitos na semana |
29 |
— |
Óbitos em investigação até 1 de novembro |
1.088 |
115 |
Aumento do número de óbitos em investigação na semana | — | — |
Fonte: Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado em 13 de dezembro de 2024.
FEBRE OROPOUCHE
Até o dia 13 de dezembro de 2024, o Ministério da Saúde registrou 10.940 casos de febre oropouche no Brasil; aumento de 1.331 casos na semana. Em 2023, foram 831 casos registrados.
REDE 5G
A rede 5G está disponível em todos os 5.570 municípios brasileiros, de acordo com informações prestadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Ministério das Comunicações. É necessário celular compatível com a tecnologia para operá-la.
A navegação pela 5G é cinco vezes mais rápida que pela 4G.
PIX
Na última sexta-feira de novembro, o Pix bateu novo recorde e teve 240 milhões de transações que movimentaram R$ 130 bilhões.
O recorde anterior, do dia 6 de setembro, era de 227,4 milhões de movimentações.
Com 4 anos de idade, o Pix, criado em novembro de 2020, obteve sucesso e conta com mais de 170 milhões de usuários, sendo 155,49 milhões de pessoas físicas e 15,27 milhões de pessoas jurídicas.
ÍNDICE DE ASSASSINATOS NO BRASIL POR ESTADO
Órgãos de imprensa têm dado grande destaque ao crime cometido por um policial paulista que atirou um rapaz do alto de uma ponte. É comum que a conduta de um integrante de grupo se transfira para todo o grupo, ainda mais quando se deseja denegrir a imagem da instituição ou dos responsáveis por ela.
Assim acontece com grupos que usam uniformes, como sacerdotes, militares, guardas municipais e outros. A conduta de um se reflete em todos.
Mas cabe análise mais aprofundada antes de julgar o todo pela parte.
O quadro abaixo mostra o número de assassinatos por 100 mil habitantes por Estados em todo o Brasil. São Paulo é o Estado onde o índice é menor. Os dados são do Monitor da Violência.
ACORDO MERCOSUL – UNIÃO EUROPEIA
Depois de 25 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia fecharam acordo comercial que tem por objetivo a progressiva liberação do comércio entre os dois mercados, que contam com 718 milhões de consumidores e o PIB (Produto Interno Bruto) agregado de US$ 22 trilhões.
O acordo ainda levará tempo para ser posto em prática, pois prevê concessões mútuas e prazos para a liberação total. Além disso, o Parlamento Europeu deverá aprovar o acordo, o que demandará debates e tempo.
Irlanda, França e Polônia rejeitavam o acordo. O presidente francês avisou que o acordo continua inaceitável. Os agricultores franceses ineficientes, que recebem subsídios do Estado, pressionam para que a França não assine o acordo com o Mercosul, que tem o agronegócio mais eficiente e mais produtivo.
Por seu lado, a indústria dos países do Mercosul temem perder mercado para as indústrias europeias, que contam com mais recursos e tecnologia.
DÓLAR ALTO
No início do ano, o dólar estava cotado a R$ 4,89. No início de dezembro, chegou a R$ 6,07, aumento de 25,06%. A alta do dólar alterou os planos de quem pretendia viajar para o exterior nas férias de fim de ano. Há quem está trocando o destino por viagens no Brasil ou resolveu esperar a situação se estabilizar para fazer os cálculos com menos incertezas.
Quem estava no exterior fez os turistas repensarem na hora de fazer compras. Só em novembro, a alta do dólar foi de 3,8%.
O dólar mais alto se reflete principalmente na hospedagem, passeios e alimentação. A hospedagem é paga pelo dólar turismo, que é 6% mais caro que o dólar comercial. Enquanto o dólar comercial está em R$ 6,07, o dólar turismo é negociado a R$ 6,32.
A previsão de mercado é que esses valores devem permanecer pelo menos até janeiro de 2025.
MERCADO FINANCEIRO
É comum nos dias atuais culpar o “mercado financeiro” pelo que de ruim acontece na economia. O dólar sobe? Os juros aumentam? A inflação cresce? Segundo políticos mal intencionados e/ou ignorantes, tudo culpa do tal do “mercado financeiro”.
Não existe a instituição física do mercado; são corretoras, bancos e analistas de mercado que analisam as tendências futuras com base no que está acontecendo no momento. Mercado é o termômetro que sinaliza as coisas. Não há como controlar o mercado.
Mercado não é político; ele visa apenas ao dinheiro verificando as políticas e as medidas do governo. Ele não é causa; é consequência.
Mercado é o mensageiro que antevê as expectativas futuras; é o espelho das ações econômicas do governo.
SÍRIA
A oposição síria derrubou a ditadura de Bashar Al-Assad, da Síria, depois de 24 anos de domínio do país. Al-Assad foi presidente da Síria e secretário-geral do Partido Baath de 2000 a 2024.
Sua queda lembra que até as ditaduras mais brutais podem ser derrubadas.
FEMINICÍDIOS NO ESTADO DO RIO
Dados do Dossiê Mulher 2024, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, mostram que 83% das motivações dos 99 feminicídios praticados no Estado em 2023 foram razões fúteis.
42 feminicídios (42%) decorreram de brigas do casal; 20 (20%) por término de relacionamento; 17 (17%) por ciúmes; e 6 (6%) por desconfiança de traição. Outros fatores foram pouco representativos.
Em 15 dos 99 casos, os crimes foram cometidos na frente dos filhos. 57% dos autores tinham antecedentes criminais.
85% das vítimas foram mortas dentro de casa. 80% dos feminicídios foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros.
Entre os 103 autores identificados (em alguns casos, houve mais de um agressor), 15 faziam uso de álcool; 15 faziam uso de drogas; e 21 faziam uso de álcool e drogas.
Quase metade das vítimas tinha entre 30 e 59 anos.
Apesar de se referirem ao Estado do Rio, os dados podem ser úteis, pois não devem variar muito de um Estado para outro e servem de alerta para as mulheres.
FOFOCA
“Não fale sobre assuntos dos quais você não tenha conhecimento. Nem sempre o que você vê e ouve é verdade. Muito menos o que você nas redes sociais.
Foto que circula nas redes sociais.
ROMBO NOS CORREIOS
Até o início de dezembro, os Correios apresentam déficit na casa dos R$ 2 bilhões. Uma explicação salta aos olhos: até setembro, os contratos de patrocínio dos Correios estavam em torno de R$ 32,2 milhões.
Os gastos dos Correios com patrocínio vêm crescendo. De 2019 a 2022, foram de R$ 1,1 milhão. Em 2023, R$ 3,3 milhões. Em 2024, dez vezes mais, de R$ 32,2 milhões.
Os Correios patrocinaram o festival Lollapalooza com R$ 6 milhões, com a justificativa de que buscava o “fortalecimento da imagem junto ao público jovem”.
FRASES DA SEMANA
FAZER E NÃO FAZER
“Decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer”.
Steve Jobs (1955 – 2011), inventor, empresário e magnata americano no setor da informática.
CONHECIMENTO
“Aristóteles ensinou que todos os seres humanos desejam o conhecimento. Nossa própria experiência nos ensina que todos também desejam não conhecer, às vezes, vorazmente. Isso sempre foi verdadeiro, mas há certos períodos históricos em que negações de verdades parecem assumir uma vantagem, como se algum vírus psicológico se espalhasse de maneira misteriosa, com o antídoto subitamente impotente.
O atual período é um desses.”
Mark Lilla, professor de humanidades da Universidade Columbia e autor do livro “Ignorance and Bliss: On Wanting Not to Know” (Ignorância e Alegria: A vontade de não saber, e tradução livre), em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo.
BRAIN ROT
“Ao chegar em casa depois de um jantar com amigos, percebi que meu marido já dormia no quarto. Para não incomodá-lo com a luz do celular, me esparramei no sofá e, sem pensar, entrei no Instagram. Só tirei os olhos da tela ao perceber que o dia amanhecia. Mais de três horas entre fotos desimportantes e memes. Um mais irrelevante do que o próximo.
Fui para a cama com uma baita ressaca moral e agora vi a sensação descrita como uma das palavras do ano, eleita pelo dicionário Oxford: “brain rot” ou “cérebro idiotizado”.
Mariliz Pereira Jorge, em seu artigo “Cérebro podre, polarização e ansiedade”, publicado no jornal Folha de São Paulo.