Certas palavras caem no gosto popular e logo são incorporadas ao português. A palavra da moda é “palooza”.
ORIGEM DA PALAVRA PALOOZA
“Palooza”, expressão americana, significa “coisa ou evento extraordinário ou incomum; circunstância excepcional; uma festona”.
Perry Farrel, cantor do grupo de rock alternativo Jane’s Addiction, organizou a turnê de despedida de sua banda em 1991 e resolveu chamá-la de “Lollapalooza“. Ele considerou o nome com boa sonoridade. Com o tempo, Lollapalooza passou a ser um festival de música alternativa que passou a revelar e popularizar bandas e artistas, além de promover apresentações não-musicais.
O Brasil tem seu Lollapalooza desde 2012 e está prevista a realização do Lollapalooza 2025 nos dias 28, 29 e 30 de março em São Paulo.
O nome palooza pegou no Brasil e passou a designar grandes eventos, musicais ou não.
“GILMARPALOOZA”
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, organiza anualmente em Portugal o Fórum Jurídico de Lisboa, que reúne representantes dos três Poderes do Brasil, empresários brasileiros e portugueses ilustres para discutir temas pertinentes ao Direito entre os dois países.
O evento, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – que tem como sócio o próprio Gilmar -, e por outros institutos foi apelidado de “Gilmarpalooza”.
O apelido contém doses de sarcasmo e críticas aos gastos que os órgãos públicos têm para bancar a viagem e os gastos das autoridades brasileiras participantes do evento. Estranha-se até que o evento seja realizado em Portugal para debater problemas brasileiros.
Em 2023, o Poder Público gastou pelo menos R$ 1 milhão em passagens aéreas para as autoridades participantes do fórum. Em 2024, o Congresso gastou em torno de R$ 600 mil para bancar a ida de 30 congressistas a Lisboa.
“JANJAPALOOZA”
Antecedendo os eventos do encontro do G20 no Rio de Janeiro, o governo brasileiro, por meio do Ministério da Cultura, promoveu no dia 15 de novembro o festival de música denominado “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza” com o objetivo de despertar a indignação de pessoas e conscientizá-las sobre o drama da pobreza e da fome.
Destaques positivos do festival foram obscurecidos pelas críticas ao festival e suas falhas. As críticas tiveram por base os elevados gastos do festival, sob a alegação de que os recursos seriam mais bem empregados se destinados à compra de cestas básicas para os pobres. Empresas públicas (Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica,Itaipu, BNDES e outras) financiaram o evento com mais de R$ 33 milhões. 30 artistas se apresentaram e cada um deles recebeu o cachê de R$ 30 mil (a direção do festival afirmou que foi um cachê “simbólico”).
As falhas decorreram da postura errática da primeira-dama no festival.
Descontraída e sem se dar conta de que estava em evento oficial, ela desceu do pedestal de primeira-dama, promoveu xingamento ao empresário norte-americano Elon Musk e tachou de “bestão” o cidadão que se suicidou em Brasília com fogos de artifício diante do prédio do Supremo Tribunal Federal.
Destaques positivos, se os houve, foram encobertos pelos aspectos negativos citados.
Natural que o brasileiro, que tem acentuada veia de humor, tenha apelidado o festival “Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza” de “Janjapalooza”, apelido contra o qual ela reagiu com aspereza quando uma mulher na plateia referiu-se ao festival como Janjapaloosa em sua presença.
FORA DO CONTEXTO
Apesar de o tema não se alinhar diretamente aos objetivos de empreendimento e gestão, o PORTALIMULHER se empenha em levar conhecimentos a suas leitoras, pois líderes, gestoras, empreendedoras e mulheres dinâmicas devem inteirar-se de assuntos e de temas de conversas.