A língua portuguesa se originou do Latim, mas tem palavras de origem árabe, francesa, grega e inglesa. A palavra “boicote” tem origem no inglês.
John Crichton, Terceiro Conde Erne, (1802 – 1885), nobre e político irlandês, foi representante irlandês na Câmara dos Lordes, câmara alta do parlamento do Reino Unido, que corresponde ao senado brasileiro. Rico, o Conde possuía mais de 16 mil hectares de terras.
O Conde alugava suas terras para os camponeses produzirem alimentos. No final do Século XIX, por volta do ano 1880, a Irlanda sofreu com crise de fome no campo. Os camponeses não conseguiam produzir e ficaram devendo o aluguel das terras para o Conde Erne.
O Conde contratou o militar inglês Charles Cunningham Boycott (1832 – 1897) como agente de terras para fazer a cobrança dos aluguéis atrasados.
Em vão, os camponeses pediram mais prazo para aguardar novas colheitas e melhores condições de vida. Além de não perdoar as dívidas dos camponeses e nem mesmo diminuí-las, o impiedoso militar começou a expulsar os camponeses das terras sem considerar as dificuldades que eles viviam.
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Os camponeses se organizaram e reagiram: saíram todos das terras, de modo que não havia ninguém para fazer a colheita da pequena safra. Charles Boycott se contrapôs com maior rigor à ação deles.
Os camponeses iniciaram uma campanha de desprezo a Charles Boycott. Ninguém falava com ele. Ninguém o cumprimentava. Nenhuma loja o servia e nem o atendia. Ninguém sentava no mesmo banco da igreja ao lado dele.
O movimento se alastrou pela Irlanda. Em pouco tempo, ninguém lhe vendia mais nada. Nem mesmo os carteiros lhe entregavam cartas.
A campanha ficou famosa na imprensa britânica.
Em 1880, Charles Boycott deixou a Irlanda.
Seu nome Boycott, que originou “boicote” em português, ficou com o significado de “desobediência civil, de ação de não-violência, de constranger alguém pela recusa de relações sociais ou comerciais”.