O DIAMANTE HOPE
O diamante Hope, o maior e mais belo diamante azul do mundo, de 45,52 quilates, tem o valor estimado em 350 milhões de dólares (mais de um bilhão e meio de reais) e hoje é parte da coleção permanente do Museu de História Natural Smithsonian, de Washington, nos Estados Unidos. Tem o tamanho aproximado de um ovo de codorna. Mas existem lendas de maldição que o envolvem, e a história de seus possuidores parece confirmar a maldição.
ORIGEM DO DIAMANTE
De acordo com a lenda, o diamante foi roubado de um templo hindu dedicado à deusa Sita. Ele estava encrustado em uma estátua da deusa e representava um de seus olhos.
Será que a maldição realmente existe e ela provém desse furto? Vejamos a história dos “felizes” possuidores do diamante.
REGISTRO HISTÓRICO
Seu primeiro registro histórico surge por volta de 1660, quando o mercador francês Jean-Baptiste Tavernier o adquiriu durante uma de suas viagens à Índia. A pedra tinha então mais de cem quilates e estava lapidada em forma de triângulo. (Quilate é a unidade de peso de diamantes e equivale a 0,20 gramas. O diamante de 100 quilates tem 20 gramas).
MARIA ANTONIETA
O mercador ofereceu o diamante ao rei Luís XIV, que costumava usá-lo em ocasiões solenes. Luís XVI, tataraneto de Luís XIV, doou o diamante à rainha Maria Antonieta, quando se casou com ela. Maria Antonieta usou o diamante em seu pescoço, até que teve o pescoço guilhotinado na Revolução Francesa.
NOVO INFORTÚNIO
O diamante desapareceu por um tempo e reapareceu na Espanha, de posse da rainha Maria Luísa. Os franceses reivindicaram o diamante, que foi entregue a um lapidador para que o desfigurasse e até diminuísse seu tamanho. O filho desse lapidador roubou o diamante e acabou se matando.
DIAMANTE HOPE
Em 1824, a pedra acabou na mão de um banqueiro inglês, Henry Phillip Hope, que o batizou com seu nome e a pedra ficou conhecida como “Diamante Hope”. Os herdeiros de Henry Phillip Hope perderam toda a fortuna deixada por ele e, em 1901, o diamante foi vendido a um joalheiro londrino para pagar as dívidas de um dos herdeiros, Francis Hope. Algumas versões dizem que este comerciante enlouqueceu e se matou.
NOVAS MALDIÇÕES
Após mudanças de dono e cortes, que incluíram Pierre Cartier (1878 – 1964, joalheiro francês. Seu neto fundou a famosa Joalheria Cartier), o diamante Hope foi adquirido pelo casal norte-americano Evalyn e Ned McLean em 1910. Evalyn exibiu o diamante em festas e desfiles até que o filho dos McLean, de apenas dez anos, morreu atropelado em Washington.
Nos anos seguintes, Evalyn enlouqueceu. Ned perdeu grande parte de sua fortuna e precisou penhorar a pedra para tentar arrecadar dinheiro. Ele chegou a organizar eventos, para os quais vendia ingressos para quem quisesse segurar o diamante amaldiçoado. Quase conseguiu lucrar com o diamante, até que a filha deles, Evie, cometeu suicídio. Evalyn morreu logo depois. Ned McLean vendeu o diamante para Harry Winston.
SITUAÇÃO ATUAL
Harry Winston tentou vender a pedra, mas não encontrou comprador. Como não quis cortar o diamante, em 1958 Henry colocou o diamante numa caixa simples e o doou ao Museu Smithsonian Institution, em Washington, onde se encontra até hoje em um vidro fechado.
Parece que a maldição atingiu Winston, que faleceu em 1982 e a sua herança foi objeto de tremenda disputa judicial entre seus filhos.
O diamante Hope tem sido fonte de renda e de boa sorte para o Museu Smithsonian, cuja exposição de pedras é considerada por muitos como a melhor exibição pública de gemas do mundo.
Será que a maldição, se é que ela existe, caiu apenas sobre pessoas que possuíram o diamante? O tempo dirá.