Antes de ver o que falta às mulheres conquistar, vejamos o que elas conquistaram em curto espaço de tempo.
Um copo com água pela metade é visto, pelos pessimistas, como meio vazio, e pelos otimistas, como meio cheio. Vejamos o copo pelo lado otimista.
Muito se fala da baixa representatividade das mulheres na política e como CEO de grandes empresas. Muito se fala na diferença de salário de homens e de mulheres que exercem a mesma função.
Muito se fala na falta de equiparação entre homens e mulheres na carreira e no favorecimento dado aos homens. Verdade que os fatos devem ser anunciados e denunciados para que se busque a equidade entre homens e mulheres na política e no mercado. No entanto, pouco se fala no muito que as mulheres conquistaram em pouco tempo.
O Secretário-geral da ONU, o português António Guterres, divulgou relatório em que aponta que hoje existem mais mulheres se destacando muito mais no cenário internacional, seja na política, seja na vida pública, seja na vida empresarial, que pouco tempo atrás.
Segundo Guterres, dos 193 países que integram a ONU, 11% dos chefes de estado são mulheres; 23% dos ministros assessores importantes de governos são mulheres; mais de 33% de presidentes e CEO (Chief Executive Officer, equivalente a diretora executiva) são mulheres. A tendência é de crescimento desses números, porque hoje em dia ninguém põe em dúvida as capacidades e habilidades femininas.
Na indústria brasileira, as mulheres respondem por um quarto da força de trabalho. O Observatório Nacional da Indústria, da CNI (Confederação Nacional da Indústria, instituição máxima de organização do setor industrial brasileiro), informa que, entre 2008 e 2021, a participação das mulheres em cargos de gestão no setor industrial passou de 24% para 31,8%. Crescimento de quase 33%.
Nos demais setores da economia, as mulheres respondem por quase metade (46,7%) das funções de liderança.
O site da CNI informa que a cada 10 indústrias brasileiras, seis contam com programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero, sendo que 61% afirmam tê-las há mais de cinco anos. Pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 1 mil executivos industriais, sendo 40% mulheres, mostra também que 57% dos entrevistados dão importância alta ou muito alta às políticas de gênero.
A própria CNI tem quatro de suas sete diretorias executivas ocupadas por mulheres.
Claro que, em passado recente, as mulheres foram alvo de preconceitos e de barreiras, mas esse tempo vai ficando para trás.
Conforme levantamento do Sebrae com base na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE, os homens ganham 16% mais que as mulheres. Mas essa diferença, que já foi de 22%, está diminuindo.
As mulheres comandam cerca de 35% dos empreendimentos no país. Verdade que têm rendimento menor que o dos empreendedores homens, mas há motivo para isso: as mulheres costumam empreender em alimentos, bebidas, moda e beleza, segmentos de baixa intensidade tecnológica. As mulheres ainda são minoria em áreas de exatas.
O Portal iMulher publicou artigo no dia 8 de março que mostra as mulheres que superaram barreiras, abriram caminhos e servem de inspiração para as mulheres de hoje e de sempre.
A presença feminina se faz cada vez maior na sociedade e, seguramente, vai crescer. Pode ser que cotas tragam maior inserção da mulher nos negócios. Contudo, a maior garantia da inserção no mundo dos negócios e da política é o conhecimento, a competência e o preparo profissional.
Nenhum preconceito e nenhuma barreira resistem à inteligência ou à competência.
O preparo, o esforço e o conhecimento oferecem a você, mulher, a confiança e a habilidade necessárias para alcançar o sucesso profissional.
Waldir Roberto Gomes Mattos
Coronel Veterano do Exército, condecorado por ato de bravura e heroísmo. Mestre em Gestão de Instituições de Educação Superior e em Aplicações Militares. Professor da Universidade Tuiuti do Paraná. Palestrante de temas relacionados a geopolítica e empresas.
3 Comentários
Bela defesa de tese… Não mostrou só a luz no fim do tunel: iluminou o tunel inteiro.
Gostaria de saber o quê as ” feministas” acham disso.
Excelente e esclarecedor esse texto.
Mulheres verdadeiramente inteligentes estão aos montes. Mercado Financeiro que era um nicho quase inalcançável está lotado de mulheres. Todas trabalhando com garra. Quantas mulheres fantásticas na política. Destaco Tereza Cristina do Agro e Damares Alves.