MULHERES E O DIA D
As mulheres tiveram participação ativa no Dia D e contribuíram para o sucesso das operações desembarque na Normandia..
INÍCIO DA II GUERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial teve início no dia 1º de setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia, que motivou a declaração de guerra por parte da Inglaterra e da França contra a Alemanha.
Menos de um ano depois do início do conflito, a Alemanha ocupou toda a Europa Ocidental. De 6 de maio a 4 de junho de 1940, os exércitos inglês, francês e belga, cercados pelos alemães, fizeram a retirada por mar para o território da Inglaterra.
O DIA D
Em 1943, os aliados começaram a planejar as operações de invasão do território continental europeu, ocupado pelos alemães. A invasão tinha a finalidade de libertar a França do domínio alemão e pôr o fim ao domínio nazista na Europa.
Em 6 de junho de 1944, as tropas aliadas começaram o desembarque na Normandia, na maior invasão por mar de todos os tempos, que envolveu mais de meio milhão de militares.
As cenas iniciais do filme “O Resgate do Soldado Ryan”, chocantes, mostram com crueza o que deve ter sido a chegada dos militares aliados nas praias da Normandia.
PLANEJAMENTO DO DIA D
Uma operação militar de tal envergadura exige muita preparação, muito planejamento, a reunião de meios adequados (alimentação, munição, armas, apoio médico) e o treinamento dos militares. Houve também operações de espionagem a fim de coletar informações sobre os alemães e, ao mesmo tempo, induzi-los a erro na preparação da defensiva nas praias.
As operações tiveram de ser adiadas porque os aliados não dispunham de barcos e de meios necessários e suficientes para transportar a tropa e os armamentos.
Os aliados precisavam de aeronaves para bombardear as posições defensivas dos alemães na praia.
Posições de radar e de canhões teriam de ser destruídos antes da chegada da tropa nas praias francesas ou durante o desembarque.
Os meteorologistas tiveram participação fundamental, pois o clima, as ondas e as condições das águas no Canal da Mancha teriam influência decisiva sobre o transporte e o desembarque das tropas e o bombardeio aéreo.
Os aliados fizeram atividades de contrainformação a fim de fazerem os alemães acreditarem que o desembarque ocorreria no Passo de Calais, e não na Normandia, a fim de que levassem meios e reforços para Calais.
MULHERES ESPIÃS
O comando britânico infiltrou mulheres espiãs na retaguarda dos alemães, e o papel delas foi fundamental para o êxito do Dia D.
As espiãs do Special Operation Executive (SOE) do serviço de inteligência britânica realizaram operações de inteligência e reconhecimento ao colherem informações atualizadas e enviá-las para o comando. Participaram da articulação da resistência em território francês.
Ajudaram a instaurar a confusão nas linhas de comunicações dos alemães, cortando cabos e linhas de telefonia e telégrafo dos alemães, que passaram a utilizar comunicação por rádio, mais fácil de ser interceptada. Realizaram sabotagens e explodiram 950 trechos de ferrovias usadas pelos nazistas para transportar tropas em reserva e suprimentos.
Havia duas exigências apenas para que as mulheres fossem convocadas para o como espiãs para o Special Operation Executive: falar francês fluente e ter passaporte britânico. O veto ao passaporte francês partiu do general Charles de Gaulle, líder dos Franceses Livres, que não admitia cidadãos franceses operando sob o comando britânico. Atendidas as exigências, as mulheres passavam a ser submetidas ao treinamento.
AS MULHERES DO DIA D
Sarah Rose, colunista do The Wall Street Journal, é autora do livro “As Mulheres do Dia D”, que narra a história de 3 das 39 mulheres enviadas pelo comando britânico à França ocupada entre 1942 e 1943, a fim de atuarem na preparação da invasão que ninguém saberia quando aconteceria.
A parisiense Andrée Borrel, primeira paraquedista mulher da história e integrante da resistência francesa, foi uma das responsáveis pela criação da rede de resistência no norte da França. Andrée foi presa, torturada e morta antes do desembarque do Dia D.
A britânica Odette Samson, deixou filhos para trás para atuar na França. Os militares consideraram sua condição de mãe como fraqueza, mas ela argumentou que atuaria na guerra para defender o futuro e a liberdade de seus filhos.
Odette Samson sobreviveu à guerra e tornou-se heroína inglesa. Sua história foi contada em filme, mas ela sempre fugiu da fama. Morreu aos 82 anos, em 1995.
A britânica Lisa de Baissac, agente especial do Special Operations Executive, ajudou nos preparativos para o Dia D e, após o desembarque das forças militares, continuou a liderar ações de sabotagem e inteligência. Recebeu diversas condecorações pelas missões arriscadas de que participou. Lisa de Baissac faleceu em março de 2004.
MULHERES
Pouco se conhece da ação das heroínas na II Guerra Mundial e mesmo em outros conflitos. Contudo, as mulheres nunca deixaram de participar de conflitos como grandes guerreiras, como espiãs ou mesmo provocando conflitos, como foi o caso de Helena de Troia.