O mercado de chocolate deve faturar R$ 15 bilhões em 2023, de acordo com as previsões de empresas do setor. Crescimento de 5% em relação a 2022.
A disputa do mercado de chocolate está acirrada, com crescimento das vendas e o interesse cada vez maior do consumidor por chocolates mais sofisticados.
O consumidor não mais se satisfaz com chocolate branco, ao leite e amargo. Surgiu novo segmento, do chocolate premium, produto de maior qualidade que resgata o sabor e a pureza do verdadeiro chocolate na sua essência e origem. O cacau em pó premium é feito a partir da prensagem do cacau puro e contém mais gordura (manteiga de cacau) em sua composição.
O chocolate premium não recebe muito açúcar, nem conservantes, nem aromatizações artificiais e nem ingredientes químicos que interferem no seu verdadeiro aroma e sabor.
O segmento premium, com frutas tropicais, vermelhas e castanha, tem bom potencial de crescimento, em razão da procura por novos sabores e novos paladares.
Acontece com o chocolate a mesma coisa que aconteceu com vinhos e cervejas: o consumidor partiu em busca de rótulos especiais, ainda que com custo mais elevado.
O mercado brasileiro de chocolate tem bom potencial de expansão. O consumo de chocolate no Brasil é de 3,5 quilos por pessoa, enquanto varia de 6 a 7 quilos em países da Europa.
Um indício do movimento do mercado de chocolate foi a compra pela Nestlè da Kopenhagen e da Brasil Cacau, que têm perto de mil lojas no Brasil.
A Cacau Show é a empresa que tem o maior número de franquias no país. São perto de 4 mil lojas, com a previsão de mais 700 lojas nos próximos meses.
Outra empresa que está se expandindo é a Lugano, que tem 200 lojas abertas e pretende inaugurar mais 100 lojas no curto prazo. A empresa investiu R$ 5 milhões na compra de equipamentos e na melhoria das instalações da fábrica no Rio Grande do Sul.
A Lugano tinha o projeto de ter lojas apenas em cidades com mais de 300 mil habitantes, mas decidiu criar versão de loja para atender localidades de até 50 mil habitantes em razão do aumento da demanda. Com isso, espera chegar a 500 lojas em 2024. Além disso, abrirá nova fábrica em Miguel Pereira, Rio de Janeiro.
As pessoas estão aprendendo a saborear chocolate e cacau com diferentes sabores.