O primeiro ser vivo a viajar para o espaço sideral, em 3 de novembro de 1957, foi a cachorrinha Laika, da raça Laika Siberiano. Ela pesava menos de 5 quilos. Era calma e amistosa e foi encontrada vagando pelas ruas de Moscou. Os cientistas consideraram que o animal de rua estaria mais bem preparado para suportar as condições de frio e de fome no espaço.
A cabine, onde ela foi colocada, permitia que ela ficasse em pé ou deitada, mas não permitia que se virasse. Havia sistema de refrigeração na cabine, que não permitia a temperatura exceder a 15 graus centígrados. Ela tinha acoplada uma bolsa coletora de dejetos e sua comida e água eram fornecidas em forma gelatinosa.

Como havia dúvidas se o ser humano resistiria ao lançamento da nave e às condições do espaço, Laika foi lançada como cobaia a fim de que os cientistas analisassem as reações dela. O voo, precursor do lançamento dos seres humanos ao espaço, forneceu conhecimentos para que, em 1961, a União Soviética lançasse ao espaço Yuri Gagarin, o primeiro astronauta a deixar a atmosfera da Terra.
O foguete Sputinik, no qual Laika foi lançado, não estava equipado para a reentrada na atmosfera, e ela morreria no espaço. Há dúvidas sobre o motivo de sua morte. Inicialmente foi divulgado que ela morreu no sexto dia da missão, quando acabou o oxigênio na nave. Outra versão diz que ela foi sacrificada antes mesmo de o oxigênio acabar. Outra, ainda, diz que ela morreu poucas horas após o lançamento em razão do superaquecimento na nave, causado por falha no motor.
Depois de Laika, a União Soviética enviou mais doze pets ao espaço, dos quais cinco voltaram vivos à Terra.
Em 2008, as autoridades russas inauguraram monumento em homenagem a Laika perto do Centro de Pesquisa Militar em Moscou.

Laika também aparece no Monumento aos Conquistadores do Cosmos em Moscou. Merecidamente.