O calor intenso feito durante a semana e os ciclones no Rio Grande do Sul, acompanhados de fortes chuvas e enchentes, comprovam que o planeta está vivendo condições climáticas excepcionais. Mesmo porque os eventos extremos estão acontecendo em todo o mundo e não apenas no Brasil.
No início de setembro, por conta de fortes chuvas as ruas de Hong Kong se transformaram em grandes corredeiras. As chuvas na Líbia deixaram mais de 5 mil pessoas mortas e milhares de desabrigados. Coreia, Japão e Estados Unidos sofreram com tempestades e inundações.
A explicação mais aceita pelos climatologistas é que o aquecimento da água dos oceanos é o principal responsável pelas tempestades. Os estudos do clima, considerados insuficientes para conclusões, ainda não permitem afirmar, com segurança, que o aquecimento global, causado pelo uso de combustíveis fósseis, seja o responsável por tempestades atípicas.
O aquecimento das águas dos oceanos propicia maior evaporação das águas oceânicas, que se transformam em vapor d’água. A maior quantidade de umidade e de vapor d’água na atmosfera provoca a formação de tempestades mais fortes.
Quanto mais as águas dos oceanos aquecem, maior a acumulação de vapor d’água na atmosfera e mais intensas as chuvas.
As temperaturas médias dos oceanos têm batido recordes sucessivos, de acordo com dados levantados por satélite da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional do Maine.
A temperatura média global tende a bater recorde de calor este ano, o que é receita certa para tempestades.
Associado ao aumento de temperatura global, o fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico, agrava as condições para o surgimento das tempestades.
O fenômeno El Niño foi registrado nos anos de 1997/1998. O El Niño deste ano tende a se rivalizar com aquele.
Portanto, as condições climáticas continuarão propícias à ocorrência de forte calor e grandes tempestades também em 2024.