A semana que se encerrou comemorou a Semana Global do Empreendedorismo. O empreendedorismo bem merece ser comemorado no Brasil, porquanto vem batendo recordes e colocando o Brasil à frente de muitos países.
O dia 19 de novembro, juntamente com o Dia da Bandeira, celebra o Dia do Empreendimento Feminino, instituído pela Organização Nacional das Nações Unidas.
Uma das virtudes mais destacadas do brasileiro é a iniciativa e a criatividade; virtudes imprescindíveis ao empreendedorismo, juntamente com o planejamento e a organização.
O PORTALIMULHER, que se volta preferencialmente para mulheres empreendedoras e dinâmicas, oferece temas e artigos que permitem reflexões sobre o assunto, a fim de apoiar as mulheres no traçado de estratégias que as levem ao sucesso nos empreendimentos e nos negócios.
Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a taxa de mulheres que empreendem ainda é menor que a dos homens, assim como a renda média obtida em seus empreendimentos.
Estudos feitos pelo Sebrae mostram que, em 2021, a taxa de empreendedorismo entre mulheres foi de 24,6%, e a dos homens chegou a 36,5%. Além disso, 65% dos empreendedores do sexo masculino ganham mais de 3 salários-mínimos com seus negócios, e somente 46% das mulheres alcançam esse valor.
De acordo com Edleide Alves, gerente adjunta de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, “A múltipla jornada, na qual a mulher é mãe, esposa, dona de casa e profissional e o sexismo, dentre outros preconceitos, afetam diretamente a motivação e a atuação das mulheres como empreendedoras”. Talvez o fator que mais influencia negativamente as mulheres seja a falta de confiança em si mesma, configurada nos pensamentos ‘não sou boa no que faço, não sou boa com números’.
A mulher que exerce múltiplas funções – administradora do lar, mãe que zela pelos filhos, que administra horários diferentes, que consegue pensar em mais de uma coisa ao mesmo tempo e que consegue realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo (os homens não conseguem pensar e nem realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo) – tem melhores possibilidades de ser boa gestora de negócios.
As mulheres têm alcançado bons progressos no empreendedorismo e na gestão de grandes empresas. Querem um exemplo? Vejamos os números acima, que somente 46% das mulheres recebem 3 salários-mínimos em seus empreendimentos (65% dos homens alcançam esse patamar). Em 2018, de acordo com o mesmo estudo do Sebrae, o índice de mulheres que recebiam mais de 3 salários-mínimos era de apenas 29%; em 2021, o número saltou para saltou para 46%, apesar do o impacto negativo gerado pela pandemia.
Vejam que o empoderamento da mulher se faz em grande velocidade e elas vêm superando obstáculos.
A mulher atual não se contenta com os rótulos de dona de casa, de esposa e dependente do marido. Ela quer empreender para dar vazão a seu potencial, para realizar-se pessoal e financeiramente, mesmo que para isso ela tenha de superar dificuldades maiores que aquelas enfrentadas pelo homem.
Ainda segundo Edleide Alves, “Habilidades como planejamento, gestão de tempo, liderança, mediação de conflitos, busca constante por conhecimento, trabalho em rede e cooperação são genuínas em negócios criados por mulheres”.
Mulheres, vamos à luta, que a vitória é certa.