O mundo nunca esteve tão ligado por meios de comunicações como atualmente. Há transmissão global, em tempo real, de eventos que acontecem em qualquer lugar do mundo.
No entanto, o mundo nunca esteve tão dividido, ideológica e politicamente, como nos dias atuais: direita contra esquerda; socialistas vérsus capitalistas; vacinados contra os ditos negacionistas; ditadores e seus apoiadores contra democratas; divisões por religiões e por interesses outros.
Nesse contexto, a imprensa e as redes sociais mais se prestam a acentuar as divisões que a harmonizar lados contrários.
Órgãos de imprensa, que deveriam zelar pela informação isenta e imparcial, são acusados de refletir interesses governamentais ou políticos, em razão da ideologia de seus repórteres ou da paga indireta, via anúncios ou incentivos. A dignidade e o brio profissional perdem espaço para a ideologia ou para o “financiamento” para falar o que for de agrado do financiador ou determinado por ele.
Antes, ouviam-se boatos e buscavam-se a televisão e os jornais para confirmá-los. Hoje, recorre-se às redes sociais para confirmar reportagens dos noticiários.
Mas também as redes sociais estão abarrotadas de informações falsas ou enganosas, muitas delas prestadas intencionalmente. Com isso, as pessoas têm se voltado para grupos ou fontes que compartilham seus sentimentos, o que faz aprofundar as divisões.
É muito difícil discernir o falso do verdadeiro nas redes sociais. Plataformas verificadoras de fato não têm capacidade de checar a veracidade das notícias, que surgem em velocidade maior que sua capacidade de verificação. Além disso, plataformas verificadoras de fatos já foram desmentidas em suas avaliações.
A divulgação de notícias enganosas encontra terreno fértil entre brasileiros, que têm tolerância com mentira e mentirosos e aceitam a mentira como natural, mesmo quando ditas por altas autoridades.
O STF e autoridades, vez por outra, falam em criminalizar fake news e controlar as redes sociais. Com isso, têm a intenção de divulgar apenas as suas verdades e proibir as “verdades” discordantes. Esse controle transforma as redes sociais em poderosa ferramenta de domínio da população e preservação do poder.
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas agravou o quadro de notícias tendenciosas, falsas ou enganosas nas redes sociais.
Diante do quadro, o que você pode fazer para separar notícias verdadeiras das enganosas? O que fazer para não se impressionar com notícias falsas e não divulgá-las?
- PRUDÊNCIA
Lembre-se de que as redes sociais são campo fértil para a difusão de notícias enganosas. Desconfie sempre.
- SENSATEZ
Mesmo sua amiga de fé pode enviar-lhe notícia falsa. Notícias falsas podem vir de qualquer pessoa ou grupo.
- VERIFICAÇÃO
Verifique a veracidade da informação com outros grupos ou com pessoas de sua confiança antes de se deixar abater pelo que viu ou leu e, principalmente, antes de compartilhá-la.
- CALMA
Confirme a veracidade da informação antes de divulgá-la. É preferível ser a última a divulgar notícia verdadeira a ser a primeira a difundir fake news.
- LEGENDAS
Não acredite cegamente em legendas de traduções de falas ou textos divulgados em outro idioma. Procure confirmar a tradução fiel da fala.
- INFORMAÇÕES
Não confie plenamente nas redes sociais como fonte única de obtenção de informações. Não se pode confiar em tudo que circula pelas redes sociais.
- CONQUISTA DAS MENTES
Grupos antagônicos buscam o apoio de pessoas nas redes sociais, ao mesmo tempo que buscam desacreditar seu oponente. A conquista de mentes se faz também pelas redes sociais, que têm divulgação mundial.
- DISCERNIMENTO
Saiba discernir fatos reais de ficção e até de propaganda. Os adversários procuram controlar o acesso às informações e desmerecer os opositores.
- GUERRA PSICOLÓGICA
A guerra psicológica é um dos braços da guerra. A guerra total envolve as informações para buscar apoio.
- DESMENTIR
Em caso de difundir notícia, que posteriormente você verificou como falsa, desminta a informação para quem repassou a informação e pelo mesmo meio pelo qual a divulgou.