Em 2022, o Gallup (empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, que se descreve em seu site como “empresa global de análise e consultoria que ajuda líderes e organizações a resolver seus problemas mais urgentes”) produziu o relatório “State of the Global Workplace 2022 Report”, que apresentou dados inesperados.
O relatório, feito com base em pesquisa realizada em âmbito global, aponta que os colaboradores podem ser classificados basicamente em 3 tipos:
TIPO | PORCENTAGEM NA EMPRESA | DESCRIÇÃO |
Engajados | 21% | Trabalham com paixão e sentem conexão com a empresa. |
Não-engajados | 60% | Podem estar fisicamente presentes ao trabalho ou conectados nele, mas não sabem o que fazer e nem porque o seu trabalho é importante para a empresa. |
Ativamente desengajados | 19% | Não têm vínculo com a empresa, não apoiam colegas e chefes. |
Os Não-engajados e os Ativamente Desengajados são infelizes no trabalho e/ou agem para minar os resultados positivos alcançados pelos engajados.
O relatório estima que o custo anual para as empresas pela ineficiência dos desengajados aproxima-se de US$ 450 bilhões somente nos Estados Unidos.
Vários são os motivos que podem levar o colaborador a tornar-se desengajado: falta de estímulo, baixo salário, falta de perspectiva na empresa, preterição, não ser ouvido e nem valorizado, falta de confiança nos chefes…
Você, gestor, pode até considerar que há exagero nos dados e nos números, mas certamente terá colaboradores muito mais engajados que outros.
Você, líder e gestor, que poderá fazer diante de colaboradores engajados, não-engajados e ativamente desengajados?
Inicialmente, observar e conhecer seus colaboradores. Conhecer suas necessidades e sonhos. Conhecer seu trabalho e seu rendimento. Ouvi-los e apoiá-los. Dar-se a conhecer. Voltamos ao ensinamento mais famoso de Sun Tzu: “quem conhece a si mesmo e ao inimigo sairá vencedor em todas as batalhas”.
Desenvolver ambiente de confiança e de segurança no trabalho, de modo que todos saibam os objetivos da empresa e para que mantenham o foco. Ambiente de confiança e segurança é aquele em que os colaboradores se sentem apoiados e seguros para expor ideias, para colaborar e para participar da vida da empresa.
Participação gera engajamento, gera integração, gera colaboração.
O foco do líder não deve ser apenas o lucro. Os militares aprendem que “comandar” é “mandar com”, o que significa estar junto da equipe.
A atuação do líder não deve ser de mandar pelo controle ou pela exigência; o líder deve ser o mentor e o orientador de seus colaboradores. Deve ser o “coach”, palavra muito em moda.
O coach orienta; não grita.
O coach está junto; não está fechado em escritório.
O coach auxilia; não apenas manda.
O coach ensina, porque sabe o que deve ser feito e como deve ser feito.
O coach ouve e acata sugestões dos colaboradores.
Quer melhorar a empresa? Quer melhorar o ambiente de trabalho? Melhore a maneira como seu pessoal é gerenciado.