Festas de comemoração de casamento são usuais, com cerimônia religiosa, recepção ou jantares. Surge nova comemoração: celebrar o descasamento.
Divórcios e separações costumam ser momentos conturbados e traumáticos, mormente quando não são amigáveis e não são de comum acordo. Para o cônjuge oprimido, a separação será momento de libertação e de definição de novos rumos. Para comemorar a libertação, os recém-libertos estão organizando festas de descasamento.
Vídeos de festas de descasamento, que contaram com a presença de convidados, fotógrafos, presentes e brindes, viralizaram nas redes sociais.
Num dos vídeos, a ex-esposa fez autobrinde para comemorar a retomada da vida solo e para desejar a si mesma felicidade, jogou buquê de descasamento (somente as amigas casadas poderiam tentar pegá-lo) e até rasgou vestido de noiva.
Há também casos de festa de comemoração de divórcio oferecida pelas amigas da recém-divorciada, a qual é mais comum quando as amigas acompanham o sofrimento e o desgaste da amiga no processo de divórcio litigioso e desejam celebrar com ela o fim do sofrimento.
Festas de comemoração de divórcio podem ser motivo para comemorar o fim de um ciclo, o início de nova fase ou a libertação de convivência opressiva ou desgastante. A comemoração pode ser feita por meio da venda solene das alianças ou um jantar com amigas, mas que seja um evento que marque a mudança de fase. A criatividade corre solta.

Uma ex-esposa fez o funeral das alianças. Outra fez show de ilusionismo em que aparecia vestida de noiva e depois reaparecia com outra roupa e esbanjando liberdade.
Entretanto, convém evitar exageros e comemorar com responsabilidade para não ofender e nem expor o ex. Respeito deve prevalecer em qualquer ocasião.
As celebrações de mulheres são mais comuns; elas buscam mais a celebração que eles.
As chamadas festas de divórcio têm aumentado, podem tornar-se tendência atual e marcam com humor o fim do relacionamento e o início de nova etapa na vida da divorciada.
A paranaense Kallynca Carvalho dos Santos rompeu o noivado 7 meses antes da data marcada para o casamento. Para evitar as multas rescisórias, ela optou por não cancelar a festa de casamento e celebrou o “descasamento”. Ainda recuperou parte do dinheiro investido cobrando ingresso dos convidados.
O número de divórcios vem aumentando porque há muita precipitação para casar ou para viver juntos, de modo que poucos noivos chegam ao casamento preparados para a vida a dois. Como as paixões passam logo, a tolerância diminui e, com a mesma facilidade com que o casal se uniu, também se separa.
A união de duas pessoas que se amam ainda é a melhor maneira de assegurar a convivência delas. Porém, a escolha certa do cônjuge; a preparação para a felicidade esperada e para os tropeços inevitáveis; e tolerância e compreensão em busca da vida harmoniosa são essenciais para que o casamento perdure.
Sem esses cuidados, fatalmente a união se tornará um campo de concentração e a libertação desse campo merece ser comemorada.