CAUSA LONGÍNQUA
No ano 130 depois de Cristo, o imperador romano Adriano expulsou os judeus da Judeia porque eles não se submetiam ao Império Romano, lutavam pela independência e acreditavam no Deus único. Na época, o único deus a ser adorado eram os imperadores romanos. Além de expulsar os judeus, o imperador mudou o nome da região para Palestina.
Sem pátria e sem território, os judeus se espalharam pelo mundo, fato que se tornou conhecido como diáspora. Apesar da dispersão, mantiveram o sentimento de pátria, unidos como povo, graças a suas crenças, à Bíblia, aos costumes e ao idioma que preservaram. Mantiveram-se como povo sem território por cerca de 1.900 anos.
Os judeus sofreram perseguições ao longo da história, e as maiores foram promovidas pela Inquisição e pelo Nazismo. Estima-se que 6 milhões de judeus foram mortos durante a II Guerra Mundial, o holocausto.
CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL
Ao final da guerra, a ONU decidiu dar território aos judeus para que eles construíssem a sua pátria e tivessem o local onde viver e onde se defender. Em 1947, a ONU aprovou a partilha da Palestina em dois Estados: Israel e Palestina.
De 1920 a 1948, a Palestina era administrada pelo Mandato Britânico da Palestina, organização criada após a partilha do império Otomano após a I Guerra Mundial. Na Palestina viviam 1,3 milhões de palestinos e 600 mil judeus. Os britânicos retiraram-se da Palestina em 1948.
Em 14 de maio de 1948, o Estado de Israel proclamou sua independência. Inconformados com a criação e a independência do Estado de Israel, Egito, Arábia Saudita Jordânia, Iraque, Síria e Líbano invadiram Israel e foram derrotados.
Outras guerras se sucederam na região: 1956, 1967, 1973.
A PALESTINA E O HAMAS
Em razão das sucessivas guerras, a Palestina dividiu-se em dois territórios: a Faixa de Gaza, com 41 quilômetros de extensão por 10 quilômetros de largura na fronteira com o Egito, e a Cisjordânia, com 5.640 Km2, correspondente à área do Distrito Federal, na fronteira com a Jordânia.
O grupo militante Hamas dominou a Faixa de Gaza desde 2005, quando venceu as eleições legislativas e expulsou da região o Fatah, partido derrotado.
A palavra Hamas significa “Movimento de Resistência Islâmica”. O grupo foi criado com base em três ideias centrais: promover a religião, praticar caridade (um dos preceitos do Islã) e lutar contra Israel.
Hamas não reconhece o Holocausto, não reconhece o Estado de Israel e tem por objetivo a destruição de Israel. Desde 2007, tem entrado em conflito com Israel, de que é o principal inimigo, ora lançando foguetes, ora sequestrando e matando israelenses, ora praticando atos de terrorismo.
ATAQUE TERRORISTA DO HAMAS
No dia 7 de outubro, terroristas do Hamas invadiram o Estado de Israel por terra (terroristas em veículos), pelo ar (paraquedistas e homens em parapentium armados e pelo lançamento de foguetes) e pelo mar.
Os foguetes foram lançados sobre cidades israelenses. Os homens, que invadiram Israel, não atacaram quartéis e nem guarnições militares; atacaram casas de civis desarmados, mataram e sequestraram pessoas e famílias inteiras.
Terrorismo é o uso de violência física ou psicológica, por meio de ataques localizados a instalações de governo ou à população civil, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem o círculo das vítimas e atinjam toda a população do território.
Vídeos chocantes circulam pela internet, de famílias israelenses mortas, crianças israelenses presas em gaiolas, israelenses sendo arrastados e chutados pelas ruas.
Guerra é o conflito armado entre Estados com forças armadas regulares. A ação de grupos isolados contra civis desarmados, mulheres, idosos e crianças, configura ato terrorista típico.
Israel declarou-se em estado de guerra e terá pela frente ação demorada. Não será a luta de um exército contra outro; será a luta contra terroristas, que se misturam à população civil, que se escondem em casas e escolas, que se confundem com a população. Difícil o combate aos terroristas.
Ressalte-se que alguns países – Estados Unidos, Canadá, Japão, Israel e União Europeia – consideram o Hamas uma organização terrorista.