Novo mercado está crescendo no Brasil: o dos brechós. Somente no primeiro semestre de 2022, a demanda nos brechós cresceu em torno de 30%.
Antes, os brechós eram vítimas de preconceitos, como sinônimo de peças desgastadas e fora de moda. O conceito mudou. Eles estão em alta e são vistos como tendência sustentável, que pode oferecer boas peças de roupa a preços mais em conta.
A moda evolui, muda e dita tendências, até mesmo de comportamento. Já foi brega repetir roupa. As mulheres torciam o nariz para brechós. Hoje, adquirir “novas” velhas peças de brechó é uma tendência.
Até a moda de usar jeans rasgados beneficiou os brechós.
O cliente encontra nos brechós artigos limpos, bem conservados, seminovos e com preços acessíveis. Compras em brechó possibilitam economia de até 80% em relação às lojas tradicionais
De acordo com matéria veiculada no portal M M da Moda (2018), em 2018 o mercado de segunda mão cresceu 24 vezes mais rápido que o varejo tradicional. Veio a pandemia com suas consequências: o fique em casa, alguns quilinhos a mais, roupas perdidas, vontade de renovar o guarda-roupa… Tudo isso explica o crescimento do comércio de roupas usadas também no pós-pandemia.
O crescimento de brechós vai ao encontro da tendência de consumo consciente e da sustentabilidade. Produtos usados possuem vida útil pela frente. A peça que não mais interessa a uma pessoa pode ser do interesse de outra. A venda de itens em brechós evita o descarte prematuro de peças e ajuda o meio ambiente.
É errado pensar que a clientela de brechós abrange apenas pessoas de baixa renda que buscam por preços baixos. Pessoas com melhor poder aquisitivo buscam peças de luxo a preço mais acessível. Além disso, uma peça pode tornar-se obsoleta com pouco tempo de uso, mas pode voltar à moda no ano seguinte.
Os brechós tornaram-se boa área de empreendimento.