O que você está fazendo da sua vida? Esta é uma pergunta que todas as mulheres, independente de classe social, estado civil, credo, raça ou idade, devem se fazer. E sabem por que? Porque a tão propalada felicidade, que existe até curso em Harvard sobre o assunto, não serve apenas para nos sentirmos bem, mas pode nos ajudar também a evitar doenças mentais no futuro. Segundo estudos, infelizmente, a demência atinge mais mulheres do que homens.
E quais são os motivos para as mulheres representarem a maioria das pessoas com doenças mentais? Estudos apontam que a maior incidência de demência em mulheres pode estar relacionada à violência doméstica e desigualdades sociais e econômicas, em âmbito mundial. No caso do Alzheimer, as mulheres respondem por dois terços dos pacientes.
De acordo com a pesquisadora do The George Institute for Global Health, Jessica Gong, o número de pessoas vivendo com algum tipo de demência deve ultrapassar, no mundo, 150 milhões, em 2050. Em 2020, um artigo publicado pelo Lancet Commission Report, indica que entre os motivos para o desenvolvimento dessa doença, constam os seguintes: nível educacional, hipertensão, obesidade, diabetes, depressão, problemas de audição, consumo excessivo de álcool, fumo, sedentarismo, relações sociais limitadas, poluição atmosférica, doenças cardiovasculares e traumas no cérebro.
O termo demência diz respeito a um conjunto de doenças neurodegenerativas que ocasionam a perda gradual das funções cerebrais, causando a progressiva perda de habilidades como a memória, a linguagem, o raciocínio e o controle motor. Existem diversos tipos de demência, sendo que os mais conhecidos são a doença de Alzheimer, a demência vascular, e a de Parkinson.
O Women´s Brain Project (Projeto Cérebro da Mulher), misto de movimento e instituição criado em 2016, quer aprofundar a discussão sobre as diferenças de gênero e sua relação com problemas neurológicos e psiquiátricos. É o que defende sua criadora, a médica Antonella Santuccione Chadha: “temos que investigar para distinguir o que é biológico e o que é social, e se temos uma combinação dos dois fatores”. Historicamente, o nível educacional das mulheres é menor e, em várias partes do mundo, há barreiras para impedir seu acesso à instrução. Além da questão hormonal, cuja produção declina a partir da meia-idade, há aspectos socioculturais que representam um risco extra – um deles seria o estresse de ser cuidadora, função quase sempre feminina.
Diante disso tudo, eu volto a pergunta inicial: o que você está fazendo da sua vida? Já sabemos que alguns fatores são biológicos e esses são mais difíceis de interferir. Mas e a nossa parte para evitar essas doenças generativas, será que estamos fazendo? E não estou falando de dinheiro, mas sim de mudanças de hábitos, cuidados com a alimentação e equilíbrio entre vida pessoal, profissional, e nutrição não só do corpo, mas também da mente e do espírito.
Então cuide da sua vida com amor. Sabemos que a mulher, por natureza, é cuidadora. Quando um membro da família é diagnosticado com demência, normalmente, é a esposa, filha, neta, nora, que cuida do membro doente, seja do sexo masculino ou feminino. E isso sobrecarrega demais essa mulher. E não estou dizendo que não devemos cuidar dos nossos familiares. Mas que devemos cuidar primeiro de nós, para depois cuidar dos demais. E é essencial que façamos a nossa parte. Cuide de você com o mesmo zelo que cuida dos demais. Lembre-se sempre que somos mulheres e não super-heróis. E quando estiver cansada, peça ajuda, em nome da preservação da sua saúde.
18 Comentários
Muito bom o texto,fica um alerta pra todas nós mulheres.
Bem isso. Um alerta para nos priorizarmos antes de cuidar do outro. Mulher tem mania de se deixar em segundo, terceiro plano, e daí também cai doente.
É um assunto que realmente nos faz pensar na direção que estamos dando a nossa vida!
Parabéns é um problema cada vez mais comum em nossa sociedade e precisa ser debatido em como previnir esta doença.
Pois é Naira. E só aumentam os casos de demência. Precisamos nos cuidar sempre!
Além de se amar, eu sugiro que as mulheres façam neuróbicas para estimular seus cérebros, estudem uma outra língua e façam coisas que gostem para prevenir as doenças degenerativas. Ser feliz e ter uma vida saudável exige muita dedicação e disciplina. Parabéns, Liluani por instigar mulheres a pensarem sobre sua saude fisica e mental, e também se priorizarem. 🤗🤗🤗
OI Thaís. É isso mesmo. Vamos fazer a nossa parte para reduzir as possibilidades de ter essas doenças, que são tão tristes para quem tem e para a família.
Excelente matéria, mulher voce pode e deve ser feliz!
Marlene por isso temos que fazer coisas que nos deixam felizes: viajar é uma delas, jantar com os amigos é outra, dar risadas e por aí vai….risossss
Gostei muito do conteúdo 👏👏👏👏👏
Gostei muito do conteúdo 👏👏👏👏👏
Parabéns ❤️ muito bom saber isso!
Olá, Jusi. Que bom que gostou. E vamos nos cuidar.
Gostei 👏👏👏👏👏
Parabéns ❤️ muito bom saber isso!
Parabéns mais uma vez pelo belíssimo trabalho . Além de informação, nos faz refletir sobre o tema.
Osair obrigada. Tema tão necessário nos dias de hoje, né. E bora ser feliz.
Historicamente a mulher recebe a educação de oferecer cuidados a quem está ao seu redor, e quem cuida dessa mulher? O quanto se dar prioridade na hora de se cuidar é uma mudança que aos poucos vem acontecendo, quebrando padrões e trazendo resultados positivos na vida da mulher. Mas quando isso não ocorre, acarreta a doenças. Grata pelo assunto Liliane, de muita importância. Bora priorizar nossa felicidade e saúde mental!
Bem isso Daniela. Não vamos deixar de cuidar dos outros. Mas, não podemos, em hipótese alguma, esquece de nos cuidar. Se não nos cuidarmos, uma hora o corpo pifa e nem dos outros conseguimos cuidar.
Sempre uma ótima leitura, parabéns
Obrigada.