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Pinus longaeva, espécie de pinheiro originária da América do Norte, faz parte do grupo de pinheiros distribuídos pelo Canadá e Estados Unidos, exceto nas áreas fronteiriças com o México. Os pinheiros Pinus longaeva são os seres vivos mais longevos do planeta. Algumas destas árvores têm cerca de cinco mil anos. Ou mais.
A árvore mais antiga do mundo talvez seja um pinheiro – da espécie Pinus balfouriana, apelidado de Matusalém – que está escondido na Floresta Nacional de Inyo, Califórnia, Estados Unidos. O apelido “Matusalém” foi dado em referência ao personagem bíblico, filho de Henoc e pai de Lamec, que morreu com a idade de 969 anos (Gn 5, 21 – 27).
Autores afirmam que Matusalém tem mais de 5 mil anos de idade. A título de comparação, arvores de 5 mil anos podem ser mais velhas que as Pirâmides do Egito.
Mesmo as fotos da árvore são raras. O centro de visitantes da Floresta Nacional de Inyo diz que não divulga a localização exata da árvore, nem mesmo suas fotos, para mantê-la protegida. Protegida de quem? Do ser humano, naturalmente.
A necessidade de manter afastados os turistas se deve à falta de respeito do ser humano para com a Natureza.
Alguém duvida que turistas poderiam tirar lascas da árvore mais velha do mundo como souvenir? Ou desenhar em seu tronco um coração com as iniciais do casal apaixonado? Ou subir nela para tirar fotos e selfies? Ou levar uma pinha ou outra lembrança da árvore? Daí a necessidade da proteção de Matusalém; o sigilo sobre sua localização é a melhor forma de proteger a árvore.
Ainda assim, há riscos adicionais que podem matar Matusalém: mudanças climáticas induzidas pelos seres humanos, secas e incêndios.
A idade da árvore é determinada pela coleta de amostras do seu núcleo, com ferramentas que removem um pedaço da árvore com o diâmetro de um lápis a fim de contar os seus anéis. Os anéis do tronco determinam a sua idade.
Em 1957, Edmund Schulman, cientista do Laboratório de Pesquisa de Anéis de Árvores, estimou que Matusalém tinha 4.600 anos. Ele descobriu que os pinheiros, apesar de pequenos – de 3 a 10 metros de altura – são mais velhos que as sequoias gigantes da Califórnia.
As sequoias gigantes, restritas às matas situadas nas encostas oeste das montanhas da Sierra Nevada, Califórnia, Estados Unidos, eram consideradas as mais velhas árvores do planeta. O Pinus longaeva as destronou.
Atente-se para as condições em que vivem os pinheiros.
Os pinheiros longevos encontram-se em grandes altitudes, acima dos 3.000 metros, em terras áridas e rochosas castigadas por ventos gelados. Eles evitam ou resistem aos perigos externos.
As terras onde vivem são áridas e pobres em nutrientes, mas os pinheiros sobrevivem com os poucos nutrientes do solo, suficientes para que cresçam lentamente e vivam muito.
Vivem tranquilos; não há a concorrência de outras árvores na região.
As condições adversas da Natureza transformaram os pinheiros numa espécie robusta e longeva, que soube adaptar-se às condições do meio. As dificuldades os fortaleceram.
O tronco retorcido é coberto por grossa camada de resina que os protege da putrefação, de parasitas e fungos.
Estranhamente, os pinheiros têm um aspecto moribundo, quase sem folhas, como se estivessem a morrer. Mas resistem.
Os pinheiros longevos têm lições a ensinar aos humanos, tais como fortalecer-se diante de dificuldades, saber viver com o pouco necessário e saber adaptar-se ao meio.
