A Nike perdeu mercado para as principais concorrentes. A empresa enfrenta dificuldades faz anos; culminou com a queda de 25% no valor de suas ações em 2024.
Elliott Hill, novo CEO da Nike, assumiu para tornar a Nike novamente a maior empresa de materiais esportivos do mundo.
Os diagnósticos que ele fez dos motivos que levaram a Nike a perder mercado foram a falta de inovação, pois a empresa não apresentou produtos novos suficientes, e a priorização das vendas em suas próprias lojas e em seu site. Com isso, perdeu varejistas e clientes que, agora, pretende recuperar.
Hill preveniu que seus esforços serão dolorosos no curto prazo. Nenhuma empresa, nenhum país e nenhuma pessoa conseguem recuperar-se economicamente se não fizerem cortes na própria carne. Ele até mesmo reduziu as expectativas de vendas e de lucros no curtíssimo prazo.
A recuperação econômica se faz por meio de cortes de despesas, por busca de maior eficiência, pelo corte de supérfluos e por sacrifícios. Apenas os maus políticos não se preocupam em economizar porque lidam com dinheiro público e sabem que deixarão as dívidas e os sacrifícios para o sucessor. Enquanto não vem o sucessor, eles gastam desenfreadamente para que fiquem com a fama de bons governantes que promoveram o desenvolvimento.
Empresas precisam se ajustar logo, pois estão no mercado, enfrentam concorrentes e podem quebrar.
Quanto mais demorado o acerto pessoal ou de uma empresa, mais os problemas se acumulam. O tempo não resolve problemas financeiros; agrava-os. Quanto mais tempo a empresa demorar em tomar medidas austeras para sanear-se no presente, maiores serão os esforços e os sacrifícios no futuro. A Nike demorou muito tempo para decidir enfrentar seus problemas, o que os tornou mais graves e exigirá maior esforço.
Em termos de inovação, Hill pretende descartar tênis fora de moda e lançar produtos inovadores tanto esportivos quanto de moda. O lançamento de novo produto pode demorar até um ano.
Hill pretende intensificar o marketing para contar a história da Nike e voltar com o poderio da marca à memória dos consumidores.
No passado, a Nike patrocinava grandes clubes e seleções; patrocinou a seleção brasileira de futebol. Deixou de focar em clubes locais e clubes de corrida de bairros. Agora, procurará equipes de cidades e de bairros para restabelecer a conexão com atletas locais. Assim, se conectará com maior número de atletas.
O CEO anterior da Nike priorizou as vendas de seus produtos por meio de suas próprias lojas e de canais digitais, o que passou a imagem de artigos de luxo, fazendo-se de difícil. Ele usará o site da marca para oferecer novos itens.
As mudanças podem ser dolorosas, mas devem ser feitas quando necessárias.