Além da estrutura geológica incomum, Al Naslaa apresenta dados não explicados pela ciência atual.
QUE É A PEDRA DE AL NASLAA
Al Naslaa, formação rochosa de arenito existente no Tayma Oasis (Grande Oásis), Arábia Saudita, foi descoberta em 1883 pelo explorador francês Charles Huber e permanece nas mesmas condições de quando descoberta. A rocha de arenito resulta da deposição e compactação de fragmentos provenientes de minerais e normalmente é composto por quartzo.
A pedra, com 6 metros de altura e 9 metros de largura, é o maior enigma geológico do deserto da Arábia Saudita e tornou-se atração turística.
Al Naslaa tem dois blocos que parecem ter sido separados verticalmente de uma rocha única por uma lâmina afiada ou por processo mecânico ainda não identificado.
A fenda entre os blocos é lisa, o que torna mais difícil encontrar explicações sobre como ela teria ocorrido.
TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DA FENDA
Cientistas acreditam que o corte foi feito de forma natural, mas não há consenso sobre como a divisão da rocha teria ocorrido.
Uma teoria sugere que movimentos tectônicos da crosta terrestre podem ter fraturado a rocha. Tayma Oasis, região remota onde a Al Naslaa está localizada, ocasionalmente sofre mudanças tectônicas.
Outra teoria, a das juntas, defende que fraturas naturais podem ocorrer sem deslocamento das rochas.
O Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em Zurique, defende a teoria de que o congelamento e a expansão de água em pequenas rachaduras ao longo de milhares de anos tenham a pouco e pouco formado e ampliado a fissura até que a rocha se partiu em duas.
FENDA LISA
A fenda entre os dois blocos é lisa, como se tivesse sido polida. A teoria do movimento tectônico não explica o “polimento” da fratura, pois fissuras resultantes do movimento de placas normalmente não ficam tão lisas.
Pesquisadores sugerem que a fenda pode ter criado um corredor por onde vento, areia e água passaram por milhares de anos e foram aos poucos “lixando” a rocha, deixando a fenda lisa.

PEDESTAIS
Além da fenda lisa e reta que divide o bloco rochoso, Al Naslaa traz em si mais dois mistérios.
Um mistério são os blocos da formação de formação natural, semelhantes a pedestais, sobre os quais repousam os blocos.
Os pedestais, conhecidos como “rochas de cogumelo”, são formados por ventos que, rente ao solo, sopram mais rápido.
O fenômeno das “rochas de cogumelo” é comum no deserto. Porém, a combinação da fenda reta vertical com os blocos apoiados em pedestais aumenta as dúvidas sobre Al Naslaa.
PETRÓGLIFOS
Al Naslaa possui outro mistério: petróglifos esculpidos nas superfícies dos blocos com imagens que retratam símbolos, cavalos árabes, íbex (uma espécie de cabra selvagem, também conhecida como cabra-montês, cabra-montesa ou cabra montesa) e figuras humanas.
A palavra “petróglifo” vem do grego petros, que significa “pedra”, e glyphein, que significa “talhar”.

Os petróglifos são encontrados em todo o mundo, com exceção da Antártida, e antecedem a escrita; permitiam aos homens pré-históricos se comunicarem e registrar fatos e mitos.
Sabe-se que os petróglifos de Al Naslaa têm milhares de anos, mas não se conhecem a datação precisa e o contexto cultural em que foram criadas e nem os motivos que levaram à sua criação.
ATRAÇÃO TURÍSTICA
Esses fatos tornaram a Al Naslaa bela atração turística. Curiosidades e fatos não explicados sempre despertam fascínio e interesse.