Palavras, costumes e expressões populares costumam ter origem bastante curiosa, que precisa ser verificada ao longo da História e/ou do folclore regional.
MISSA DE SÉTIMO DIA
O costume de celebrar a missa de sétimo dia para os falecidos, ao que tudo indica, vem de crenças antigas, anteriores ao próprio Cristianismo. Acreditava-se que, quando alguém morria, seu espírito ficava rondando o corpo pelo período de até sete dias depois da morte. Depois desse prazo, o espírito, talvez convencido de sua morte, desligava-se do corpo e buscava seu caminho no plano espiritual. Era comum que os parentes e amigos deixassem alimentos e meios para o morto empreender a jornada rumo a outras dimensões devidamente alimentado e equipado.
No Século XIII, a Igreja Católica introduziu a concepção de purgatório, estágio intermediário no qual a alma permanecia se purificando e se preparando para chegar ao paraíso devidamente purificada. A missa de sétimo dia depois do falecimento da pessoa tornou-se também uma oportunidade de pedir a Deus que o “estágio” da alma no purgatório fosse abreviado para que ele tivesse acesso ao paraíso o mais rapidamente possível.
Atualmente, a missa de sétimo dia passou até a servir para o encontro dos familiares, que relembram do falecido, se apoiam e se solidariam e, assim, percebem que não estão sozinhos na dor e na saudade. Além disto, a oração será sempre bem vinda em qualquer ocasião, em qualquer local e em qualquer templo religioso.
1 comentário
Muito interessante este tema. Muitos costumes ainda presentes entre nós e cujas origens desconhecemos derivam de uma religião primitiva praticada pelos primeiros homens religiosos.
– porquê se fala baixo em presença do morto?
– porquê se evita falar mal do finado?
– porquê levar o morto pra enterrar na terra natal?
– porquê no boteco o primeiro gole da cachaça é jogado para o santo ao pé do balcão?
– porquê da trégua (retirada de mortos e feridos)?
– porquê do “túmulo do soldado desconhecido”?
Deixo os questionamentos