No dia 24 de julho de 2022, surgiu um agroglifo em Etchilhampton Hill, perto de Devizes, Wiltshire, Reino Unido.
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Agroglifos (também conhecidos por crop circles, círculos em plantações) são desenhos feitos em plantações por meio do amassamento da vegetação e são intensamente debatidos, principalmente quanto a sua origem. Há registro de agroglifos no Século XVII. Modernamente, eles surgiram nos anos setentas em forma de círculos nas plantações. Com o tempo, tornaram-se mais elaborados e mais complexos.
De 1970 a 1990, foram apenas círculos, o que faziam supor que eram feitos por vendavais ou redemoinhos. Em 1990, surgiram linhas retas e a hipótese de a formação originar-se de redemoinhos foi descartada.
Há muitas hipóteses sobre a origem dos agroglifos.
Uma delas diz que eles decorrem de redemoinhos, que foi descartada; a Natureza não trabalha com linhas retas ou redondas precisas. Outra hipótese considera que eles decorrem de fenômenos meteorológicos, mas não há evidências que a comprovem. Outra ainda alega serem eles manifestação de desagrado da própria Terra em face dos maus tratos que lhe são infligidos.
Como as hipóteses físicas são insuficientes para explicá-los, surgiram teorias sobrenaturais. A primeira é que os agroglifos são feitos por fantasmas, e outra que eles são feitos por alienígenas, que pretendem enviar mensagens aos terráqueos. Sobrenaturais, ambas não permitem comprovação científica.
O mundo dos agroglifos sofreu um choque em 1991, quando os ingleses Doug Bower, então com 67 anos, e Dave Chorley, então com 62 anos, assumiram a responsabilidade pela confecção de agroglifos e até demonstraram como os faziam: caminhavam com uma tábua presa aos pés e assim amassavam a vegetação. Eles disseram que tiveram a ideia a partir da notícia de círculos encontrados em 1966 em plantações de Tuly, Austrália, e resolveram fazer os agroglifos para trollar os ufólogos.

Há argumentos contra a possiblidade de os dois terem feito todos os agroglifos encontrados mundo afora. Mesmo depois da revelação dos dois, agroglifos continuaram aparecendo em outros países. Estima-se que mais de 10 mil casos de agroglifos foram relatados em países ao redor do mundo: Rússia, Estados Unidos, Japão, Itália, Canadá, França e até no Brasil (há registro deles em Ipiaçu, SC, a 538 Km de Florianópolis, e em Prudentópolis – PR). Os dois ingleses não teriam viajado por tantos países, embora outras pessoas possam tê-los feito. Podem ter deixado seguidores.
Considere-se ainda que não há registro de pegadas de seres humanos nos desenhos feitos nas plantações e há até quem considera que os dois ingleses foram meros fantoches para, com sua versão, desacreditar a questão e afastar o interesse geral pelos agroglifos.
Os agroglifos apresentam características matemáticas e científicas complexas; são símbolos ambíguos e sujeitos a diferentes interpretações. Alguns são pequenos círculos e outros têm mais de 100 metros de diâmetro. Eles apareceram em diferentes plantações: de trigo, cevada, canola e milho.

Estudiosos dizem que os agroglifos feitos por seres humanos são distinguíveis, porque os desenhos não são tão precisos e a forma de dobrar a vegetação é bem diferente e desuniforme. As plantas dos agroglifos autênticos são dobradas e dobram-se uniformemente umas sobre as outras; as feitas por seres humanos se quebram e não se dobram com precisão.
Outro dado a considerar é que os satélites nunca captaram nenhum movimento diferente nos locais onde os agroglifos aparecem.
Os céticos dizem não acreditar que alienígenas viajariam até a Terra apenas para, à semelhança de pichadores intergalácticos, amassarem plantas e fazerem figurinhas. Eles não consideram a possibilidade de as figuras conterem mensagens para os habitantes do planeta Terra.
De acordo com a revista americana Pacific Standar, o mistério inspirou livros, blogs, grupos de fãs, pesquisadores (apelidados de cereologistas), filmes e séries de televisão, como Arquivo X (1998) e Sinais (2002).
A mensagem de alguns agroglifos foi interpretada, mas isto será tema para outros artigos. Com a ressalva de que, se agroglifos são mensagens, não se sabe quem é o transmissor, quem será o receptor e qual o seu significado.
Apesar de terem sido estudados por décadas, permanecem as dúvidas sobre quem ou o quê os está fazendo.