Você já ouviu falar em eVTOL? eVTOL é a sigla em inglês para “Electrical Vertical Takeoff and Landing”, ou seja, veículo elétrico de pouso e decolagem verticais, que vem tomando o nome popular de “carro voador”.
A Embraer tem tentado evitar esse apelido, pois alega que o eVTOL não deve ser chamado de carro porque representa a evolução de tudo que se conhece e é diferente de tudo que existe.
O eVTOL apresenta vantagens. Será capaz de decolar e pousar na vertical, sem necessidade de longas pistas, como as dos aviões.
O eVTOL utilizará baterias, será menos barulhento que os helicópteros e utilizará sistema de propulsão sem emissão de poluentes. O veículo contará com dois rotores para deslocamento horizontal e oito para propulsão vertical, o que lhe dará segurança, pois haverá rotor substituto em caso de pane. Tendo baterias, usará energia limpa.
O eVTOL vem atender à necessidade de maior mobilidade urbana porque poderá driblar congestionamentos. O sistema de veículos terrestres apresenta saturação.
Não basta projetar e construir o eVTOL; deverá existir rede de apoio de serviço aos veículos e o gerenciamento do tráfego aéreo.
A Eve Air Mobility, subsidiária brasileira da Embraer fundada em 2020, está projetando aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical e infraestrutura de mobilidade aérea urbana. Desde então, a Eve tem feito testes de voo com modelos em escala e com simuladores de voos.
Há 19 projetos de carros voadores em desenvolvimento em outros países, tais como China, Japão, Reino Unido, Estados Unidos, Eslováquia e Brasil, embora com diferentes modelos. Alguns se assemelham a drones; outros, a pequenos aviões.
Em razão de ser mercado novo, há barreiras a serem transpostas até que o veículo entre em operação comercial. Ainda há a busca de materiais mais leves e de melhores sistemas de navegação. Outra preocupação são as baterias de lítio, que devem ser mais compactas e eficientes, de modo a permitir maior autonomia de voo.
A preocupação maior é com a segurança a fim de impedir a falta de carga da bateria em pleno voo. Possivelmente esse é um dos principais motivos para que nenhum projeto comercial tenha decolado ainda.
Outra necessidade será com as estações de embarque e desembarque de passageiros e com locais de carregamento das baterias, que exigem redes elétricas de alta capacidade.
No primeiro momento, os eVTOLs contarão com piloto, até para que o passageiro se sinta mais seguro. A tendência, contudo, é que em futuro próximo os veículos contem com equipamentos de vigilância do espaço aéreo capazes de detectar outros veículos e promover desvios padronizados nas rotas de voo.
A Embraer acha possível ter eVTOL circulando até 2026.
1 comentário
Maravilha!
Excelente informação.
Só acho 2026 muito próximo, será?
Forte abraço!