Caroline Marcon, consultora organizacional e autora de livros sobre desenvolvimento de lideranças, definiu, para a Revista Exame, o comportamento de setem tipos de chefes disfuncionais que exercem liderança tóxica e prejudicial à equipe.
Repito a classificação de Caroline Marcon, como alerta aos líderes a fim de que evitem tais posturas.
1 – O chefe modelador
É o tipo de chefe que executa todas as tarefas e parecem não confiar na equipe. Centralizadores e fechados a sugestões, exigem tudo de seu jeito e monitoram corpo a corpo cada passo da equipe.
2 – O chefe instável
A instabilidade do chefe torna-o perdido, sem rumo, que muda de ideia a todo momento. Não tem clareza ao transmitir as ordens e nem dá explicações claras sobre a forma como o serviço deve ser executado. É o conhecido “enrolado”.
A equipe se perde em meio a ordens e contraordens conflitantes, e a falta de clareza gera dúvidas quanto ao rumo a seguir.
3 – O chefe terrorista
O chefe que se impõe pelo medo e pela ameaça. Cria ambiente de trabalho tenso e de grande insegurança. A tensão da equipe é constante, o que faz cair o rendimento.
A conduta do chefe cria nos colaboradores o medo de errar, que também têm medo de propor sugestões e apresentar ideias para aprimorar o trabalho.
4 – O chefe crítico
O chefe crítico nunca elogia e destaca apenas as falhas dos colaboradores.

A falta de elogios e de reconhecimento é grandemente desestimuladora e frustrante. O funcionário passa a raciocinar que de nada adianta fazer o melhor trabalho do mundo pois jamais será reconhecido nem valorizado.
5 – O chefe “sabe tudo”
Os chefes que se julgam superiores, infalíveis, acham que sabem tudo e, por isso, não aceitam opiniões diferentes.
Prepotência, arrogância e vaidade compõem sua personalidade e pessoas com tais defeitos em grande intensidade têm olhos para o próprio umbigo e não consideram o colaborador.
6 – O chefe linha dura
É o bitolado, o quadrado, que se movimenta como o trem de ferro que não pode sair da linha. Mantém postura inflexível e desprovida de emoção e de consideração para com os colaboradores.

Não consegue ver a pessoa humana que trabalha para ele; vê o colaborador como máquina.
A equipe sofre na mão de chefes durões e rígidos. A sobrecarga emocional da equipe cria ambiente carregado e tenso, prejudicial ao bom rendimento e à eficiência dos trabalhos.
7 – O chefe inseguro
O inseguro vive tenso, com medo que os colaboradores lhe tomem a posição ou o boicotem.
Temendo ser ultrapassado, ele bloqueia o crescimento da equipe, evita que os colaboradores se destaquem e até mesmo assume a autoria de trabalhos e de ideias dos colaboradores.
Atua como a pata de dinossauro a conter e reprimir a equipe.
Exercício de liderança
A liderança pode e deve ser exercitada em cursos, em leituras e no aprendizado com a atuação de outros líderes, com a atuação do dia a dia e até mesmo com a conduta dos colaboradores.
Errado imaginar que o líder nasce feito. Os grandes líderes podem trazer o dom do berço, mas os líderes, de maneira geral, podem aprimorar sua conduta e o exercício da liderança.