Domingo passado, o Portal iMulher publicou reportagem, sobre o mercado de esposas na antiga Babilônia, a qual questiona, ao final, se o mercado de esposas da Babilônia teria lugar no mundo atual.
Infelizmente, a resposta é sim. Esta reportagem se destina a mostrar o desrespeito a mulheres atualmente em partes do mundo.
Sequestro de noivas
O sequestro de noivas ainda acontece no Quirquistão e no Turcomenistão, onde o noivo ou sua família sequestram uma mulher pelas ruas e a obrigam a consentir com o casamento. Algumas vezes, os sequestradores entram em contato com a família da moça para, a troco de indenizações, convencer a moça a casar-se. Muitos casamentos não ocorrem por amor e nem por escolha da noiva.
Na Índia, quando se recusa a casar ou pretende encerrar o casamento, a mulher pode ser vítima de “crimes de honra”.
Na Etiópia e em Ruanda, mulheres são sequestradas e estupradas. A família das vítimas força o casamento delas e recebe dinheiro para isso.

Noiva fantasma
Regiões da China têm costume macabro.
Quando morre um homem solteiro, a família dele procura uma moça para ser enterrada a seu lado e pode até contratar o serviço para esse fim. O “serviço” mata uma moça qualquer e a oferece à família do morto, que a adquire e a enterra junto com o homem, a fim de que ele tenha a noiva a acompanhá-lo na eternidade.
Violência doméstica
Em regiões da Índia, Paquistão e Bangladesh, os maridos praticam violência doméstica ateando querosene e fogo na esposa.
Em regiões de Gana, um devedor pode quitar a dívida entregando ao credor a filha jovem e virgem para que ela sirva de escrava sexual para a família do credor.
No Irã, mulheres são condenadas por transitarem nas ruas sem véu. Em 2004, a Reuters noticiou que Maryam, mulher iraniana de meia-idade, recorreu à Justiça de seu país contra as agressões de seu marido. Perante o tribunal, ela disse que amava seu marido, que bater é da natureza de homem e de seu marido e pedia para que ele limitasse as surras aplicadas nela a “apenas” uma vez por semana. Ela não aguentava mais apanhar diariamente.
Não investir nas filhas
Na África Subsaariana, as meninas se casam cedo e os pais consideram que é desperdício de dinheiro investir na educação das filhas porque não receberão delas nenhum benefício econômico. Quando se casam, as filhas servirão ao marido e à família dele.
As escolas têm disciplinas diferentes para meninos e meninas, e as meninas frequentam escola de baixa qualidade.
Em países do Norte da África, nos quais a fé islâmica é muito forte, apenas 20% das mulheres fazem parte da força de trabalho.
O conceito de que as mulheres devem ficar em casa impede-as de terem melhor educação e de adquirirem habilidades e conhecimentos necessários para ingressarem no mercado de trabalho.
As mulheres na República Democrática do Congo gozam de alguns direitos legais (por exemplo, o direito de possuir propriedade e o direito de participar dos setores econômico e político), mas ainda existem restrições legais que limitam suas oportunidades.
No Brasil
E no “civilizado” Brasil? No Brasil, os feminicídios ainda são comuns. Mulheres e namoradas são vítimas de feminicídio por término de relacionamentos ou pelo sentimento de propriedade que o homem tem em relação à mulher.
De acordo com a Agência Brasil, que cita dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025 lançado pelo Ministério das Mulheres, em 2024 o Brasil registrou 1450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos (com a intenção de matar) de mulheres e lesões corporais seguidas de morte.
Feminicídio não enquadra qualquer assassinato; é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher.
Casos de violência contra a mulher praticados por homens em razão de violência doméstica e de término de relacionamentos permanecem elevados. A 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, verificou que 30% das brasileiras relataram ter sofrido algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem.
Evolução
Evidentemente as mulheres conquistaram direitos, principalmente no Ocidente. Em certas partes do mundo não houve evolução, e as mulheres ainda recebem tratamento de seres inferiores.