Casos de dengue
ATÉ 4 JUL | ATÉ 11 JUL | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 1.525.036 | 1.504.893(*) | —- |
ÓBITOS | 1.375 | 1.428 | 53 |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 578 | 523 | —- |
(*) Número menor que o da semana passada. Mas é o número registrado no Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Não há erro do Portal iMulher.
Casos de chikungunya
ATÉ 4 JUL | ATÉ 11 JUL | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 108.349 | 112.483 | 4.134 |
ÓBITOS | 96 | 99 | 3 |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 64 | 67 | 3 |
Casos de febre oropouche
ATÉ 4 JUL | ATÉ 11 JUL | AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS NA SEMANA | |
CASOS PROVÁVEIS | 11.787 | 11.805 | 18 |
ÓBITOS | 4 | 5 | 1- |
ÓBITOS EM INVESTIGAÇÃO | 3 | 2 | —– |
Dados extraídos do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde e atualizados até o dia 11 de julho.
Pedido de demissão
O presidente dos Correios, Fabiano Silva, entregou o pedido de demissão do cargo, deixando prejuízos de R$ 2,6 bilhões em 2024 e de R$ 1,7 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2025. Havia tempo ela sofria pressão para deixar o cargo.
Apesar do elevado prejuízo, os Correios patrocinaram a turnê do músico Gilberto Gil com 4 milhões de reais de março a novembro de 2025. O artista cobra ingressos que chegam a R$ 1,5 mil.
A última vez que os Correios tiveram prejuízos tão altos foi em 2016.
Muitas vezes a imprensa se refere a Fabiano Silva como “o churrasqueiro do presidente da República”, o que parece ser o dado mais importante de seu currículo que deve ter sido levado em conta para a sua indicação para o cargo.
Reunião do BRICS
A reunião anual do BRICS encerrou-se no dia 7 de julho com uma declaração conjunta incoerente. Ao mesmo tempo que condenou o ataque de Israel e dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irã, em relação à guerra na Ucrânia limitou-se a pedir o diálogo para buscar a paz. Nenhuma palavra sobre a invasão russa.
Colheita de grãos
O Brasil vai colher a maior safra de grãos da sua história, que deve chegar a 336,1 milhões de toneladas. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Armazenagem dos grãos
A capacidade total dos armazéns agrícolas do país é de 212,6 milhões de toneladas, o que significa que 124,3 milhões de toneladas de grãos devem ficar ao relento.
Prejuízo para toda a cadeia produtiva. Os produtores perdem maior quantidade de sua produção. A falta de armazéns encarece o frete, pois há maior procura para o escoamento da safra. As indústrias precisarão estocar os grãos que compra, o que encarece a produção. Resultado: o consumidor pagará mais pelo preço final do produto.
Os juros elevados, que encarecem o financiamento, e a falta de mão de obra especializada são apontados como as principais causas para a carência de armazéns no país.
A falta de construção de armazéns vem de longa data. A produção de grãos tem crescido 5,3% ao ano, e a capacidade de armazenagem cresce em ritmo mais lento, 3,4% ao ano. Em 2005, o Brasil produziu 114,7 milhões de toneladas de grãos e tinha capacidade de armazenar apenas 106,5 milhões de toneladas. De lá pra cá, a diferença só tem aumentado.
Fraudes e roubos no país
No início do mês de julho, o noticiário registrou que um hacker desviou R$ 800 milhões do sistema que liga bancos ao Pix. A notícia foi destaque em razão do volume furtado. Mas as fraudes têm crescido em todos os setores.
Dados da Serasa Experian apontam que as tentativas de fraudes aumentaram 21,5% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Foram 3,4 milhões de fraudes, o que equivale a uma tentativa a cada 2,2 segundos.
Tarifaço de 50%
O grande tema da semana foi o aumento das tarifas, imposto pelo presidente dos Estados Unidos, aos produtos brasileiros exportados para aquele país a partir do dia 1º de agosto e informado por meio de carta ao presidente da República do Brasil.
O aumento para 50% das tarifas sobre os produtos exportados pelo Brasil causou espanto; outros países também tiveram aumento de tarifas, mas em proporções menores, de 10 a 20%. O Brasil foi taxado com o maior valor.
Veja a análise precisa sobre as demandas e os impactos da decisão de Donald Trump feitas com clareza pelo Professor Ronald Hillbrechdt no Portal iMulher.
Donald Trump havia ameaçado os países do Brics que taxaria os países que se pusessem contra o dólar e defendessem a criação de moeda alternativa para o comércio entre os países.

A carta de Donald Trump
A carta que o presidente Trump encaminhou ao presidente brasileiro cita diferentes aspectos da vida nacional para justificar o aumento.
A carta começou citando a perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu julgamento, que considerou injusto.
Depois fala da supressão da liberdade no país, das sentenças multando big techs americanas e proibindo-as de operar no Brasil. Cita ainda ordens ilegais dadas a empresas americanas para bloquearem perfis de residentes nos Estados Unidos, o que contraria o princípio da liberdade de expressão, sagrado naquele país.
Trump fala sobre a relação comercial injusta entre Brasil e Estados Unidos. Analistas de primeira hora consideram que houve engano em tal afirmação. No entanto, o Professor Ronald Hillbrechdt, no artigo citado, considera que o Brasil tem superávit na exportação de bens industrializados (máquinas e aviões) que competem com a indústria americana. Nesses itens, o Brasil tem superávit. Para a China, o Brasil exporta commodities (minérios e alimentos),
Para Trump, a taxação “é necessária para corrigir os muitos anos de políticas tarifárias e não-tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, causando esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos”.
Reação do governo brasileiro
A reação inicial do governo brasileiro foi de choque. Depois, como sempre faz, tentou atribuir a culpa à oposição, ao ex-presidente Bolsonaro e a seu filho, deputado licenciado, que está nos Estados Unidos denunciando as perseguições políticas no Brasil.
Depois, o governo anunciou que poderá taxar produtos americanos na mesma proporção, com base na Lei de Reciprocidade, que “busca preservar interesses econômicos nacionais diante de práticas consideradas desleais ou abusivas”.
O governo ainda terá tempo para tentar negociar com os Estados Unidos, o que é muito melhor que tentar enfrentar aquele país.
O Brasil não tem poder econômico, nem político e muito menos militar para sequer pensar em enfrentar a maior potência do planeta.
Frases da Semana
Corte de gastos
“O governo quebrou o Brasil porque, muito simplesmente, gasta mais do que tem o direito de gastar – e, pior do que tudo, não gasta para melhorar nada, mas para enriquecer a máquina do Estado. Falta dinheiro no Tesouro Nacional não porque o governo esteja cobrando pouco imposto. Vai arrecadar mais de R$ 4 trilhões este ano. Tem feito aumento de impostos a cada 40 dias. O brasileiro, hoje, tem de trabalhar cinco meses inteiros do ano só para pagar o Fisco”.
R. Guzzo, jornalista, em sua coluna no jornal O Estado de São Paulo, sobre os gastos desenfreados do governo e aumento de impostos no país. Nenhuma ampresa, ninguém sobrevive financeiramente se gastar mais do que ganha, exceto o governo que pode imprimir dinheiro, fato que gera dinheiro e penaliza a população.
Simplicidade
“Disse Dom Quixote de la Mancha:
– O homem se torna escravo do luxo e das vaidades, perseguindo riquezas como se nelas encontrasse a verdadeira alegria. Mas não percebe que, quanto mais possui, mais teme perder, e nessa angústia deixa escapar o que realmente importa.
A felicidade não está no ouro nem na opulência, mas na brisa que toca o rosto, no riso sincero de um amigo, no pão repartido com gratidão.
Tolo é aquele que busca fora o que só a alma pode encontrar!
A simplicidade é o maior tesouro da vida, e quem a compreende é, de fato, o mais rico dos homens”.
Miguel de Cervantes, em Dom Quixote de la Mancha.