Durante a segunda metade do Século IV a. C., Alexandre Magno dominou a Babilônia e patrocinou a restauração de monumentos e canais da cidade, devolvendo-lhe parte do apogeu perdido.
Ao chegar à Babilônia, Alexandre Magno mandou reunir sacerdotes de todos os países subjugados e perguntou-lhes:
– Reconheceis e honrais um Ser Superior e invisível?
Os sacerdotes responderam unanimemente que sim.
Alexandre fez nova pergunta aos sacerdotes:
– Que nome dais a esse Ser Superior?
O sacerdote dos hindus respondeu:
– Nós o chamamos Brahma, isto é, o Grande.
O sacerdote dos persas respondeu:
– Nós o denominamos Ormuzd, a Luz Serena.
O sacerdote dos judeus disse:
– Nós o chamamos Jehovah, o Senhor, aquele que é, foi e será.
Irritado, Alexandre disse:
– Só tendes um rei soberano. De agora em diante, tereis um só deus e Júpiter será seu nome.
Essas palavras perturbaram os sacerdotes, que resmungaram:
– Nosso povo, desde a origem, dá ao Ser Supremo o nome que indicamos. Por que haveremos de mudar o seu nome?
Alexandre ficou mais irritado com a ponderação dos sacerdotes.
Então, um velho brâmane (membro hereditário da casta sacerdotal, a primeira da tradicional estratificação social indiana), que conhecia Alexandre, levantou-se e disse:
– Em todos os nossos países o Sol brilha como fonte de luz e de calor.
Os sacerdotes concordaram. O velho brâmane continuou:
– Como chamais o Sol em vosso país?
Cada sacerdote proferiu nome diferente, de acordo com seu idioma.
O velho brâmane dirigiu-se a Alexandre e disse:
– Hélios é o nome do Sol em grego. Por que razão dão ao Sol um nome diferente em cada país?
Confuso, Alexandre declarou:
– Cada um empregue o nome que é peculiar a seu país. Vejo perfeitamente que o sinal não é o ser.
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Dois artigos encantadores.
Sou uma católica que bebe em várias fontes em busca de conhecimento sobre o Criador.
Rabinos, Pastores, Padres…
O que importa é me afeta é a fé e o conhecimento deles.