Histórica e culturalmente a mulher foi oprimida, calada, maltratada psicológica, verbal ou fisicamente, submissa, sem lugar nem voz para se expressar. Nos últimos tempos começou um movimento de sair da esfera doméstica e ir para o mercado de trabalho e teve que se equiparar ao homem, ter voz, ser ouvida e agir, teve que se parecer um homem.
O feminino ferido
Isso trouxe como consequência um feminino adoecido durante gerações e gerações. Pense nas suas ancestrais, como elas lidaram como essa dor? Onde ficaram guardadas essas memórias que não foram liberadas? Posso asseverar que esses traumas passaram de geração em geração, de forma consciente ou inconsciente.
O feminino carrega no mundo interno DOR e SOFRIMENTO, e nem sempre estamos cientes disso.
Mas como saber se você carrega essa ferida na sua alma? Quais consequências pode gerar essa história nas suas ancestrais, na sua vida ou na sua descendência? Sim, todo trauma se herda psiquicamente de geração em geração, até alguém olhar para ele.
Essa “desconexão da essência feminina” pode trazer determinadas características na personalidade de base e no comportamento de uma mulher, e também sintomas e doenças no seu corpo físico e no emocional.
Estar presa na ferida cria uma MULHER VÍTIMA, presa na dor, triste e deprimida, ansiosa, sem forças, frágil, com os mesmos padrões de sentimentos ou de comportamentos que se repetem.
Ou exatamente o contrário, uma MULHER GUERREIRA com armadura, uma super-heroína que dá conta de tudo sozinha, atarefada demais, sem tempo para si mesma, sem lugar para o prazer, que não sabe medir seus próprios limites, ela tem dificuldade em pedir ajuda quando se torna necessário, é a “salvadora” que se doa demais e não sabe receber dos outros, rígida, às vezes até agressiva, irritada, estressada, ácida, outras vezes se torna perfeccionista, exigente e controladora, muitas vezes é competitiva (com outras mulheres e com homens inclusive), ela não tem paciência, tem excesso do racional, com dificuldade se se conectar com o mundo das emoções, não sabe parar/descansar, FOGE DO SENTIR, vai fazer de tudo por fugir de si mesma.
Quais são as consequências físicas e emocionais?
E quando falamos do mundo das emoções, pode apresentar crise de pânico, transtorno de ansiedade, depressão, fobias, Síndrome de Burnout, irritabilidade, solidão, vazio, medos profundos, insônia, compulsão alimentar.
Ela atrai RELACIONAMENTOS ABUSIVOS, problemáticos, ou vira codependente emocional (e financeira), entra no ciclo da violência psicológica, verbal e física, ou pode atrair homens totalmente frágeis, fracos, sem atitude, sem energia de ação. Outra opção seria ser extremamente autossuficiente e escolher ficar só pelo medo de se relacionar sentindo certo desprezo e ódio contra os homens.
Quando do corpo se fala, existem “patologias”, sendo as mais frequentes as que afetam os órgãos femininos como útero, ovários, trompas, vagina, genitais, mama, alteração no ciclo menstrual, TPM, diminuição do desejo sexual, falta de orgasmo, dor física durante a relação sexual, menopausa precoce, candidíase, miomas, infertilidade, ovários policísticos, endometriose, infeção urinária.
E dependendo de como cada mulher vivencia os conflitos, pode se apresentar em qualquer outra parte do corpo, como por exemplo o sobrepeso, conforme a maneira de vivenciar os conflitos segundo o que a Nova Medicina Germânica explica.
Todos nós temos energias feminina e masculina dentro de nós, porque nossa vida veio da união do espermatozóide do pai e do óvulo da mãe.
A “energia feminina” é do SENTIR, dessa conexão com o mundo interno das emoções, da vulnerabilidade, da ciclicidade, do nutrir, cuidar e proteger, do receber, descansar e desacelerar, do prazer, da amorosidade e compaixão, da sensibilidade, de saber se priorizar, saber aquietar, silenciar, se acolher na dor, sabe estar na presença e simplesmente contemplar. É o poder da INTUIÇÃO e conexão com a força divina e espiritual que habita em tudo e dentro dela.
A “energia masculina” é do foco, do racional, da persistência, da AÇÃO, de cair, levantar e seguir em frente até conquistar seu objetivo.
As duas energias são totalmente opostas mas COMPLEMENTARES. As duas são necessárias sem polarização. Integrando-as, nos sentimos “completas e realizadas”. Só assim nos abrimos ao fluxo de vida.
Muitas vezes, conforme a aquilo que aconteceu lá atrás no passado na nossa própria história de vida ou dos nossos ancestrais, carregamos uma dor que não é nossa, estando totalmente fora do nosso lugar. E a vida vai pedir respeito pelos destinos dos que vieram antes exatamente como foram e que você volte ao seu lugar com liberdade de viver a sua própria história de vida, resgatando sua própria essência sagrada.
A grande “chave de ouro” que abre portais é curar o passado que habita dentro de você, para que você consiga estar na maior força da vida que é no PRESENTE, aqui e agora.
Lembre que a força que você busca já está dentro de você!
Com amor, Mariana Stivanello.