Políticos têm aparecido ao lado de pets na campanha eleitoral, na tentativa de conquistar a simpatia dos eleitores e votos.
Há novidades na campanha eleitoral de 2024. Candidatos a prefeito e a vereador têm se apresentado em vídeos, nas redes sociais e em campanhas ao ar livre acompanhados de seus pets. Esperam assim ganhar, se não o voto, pelo menos a simpatia de grande parte do eleitorado.
Candidatos apareciam em fotos acompanhados de seus padrinhos ou apoiadores ilustres, que agora estão sendo substituídos por pets.
Além da campanha, os pets também estão presentes nos planos de governo com diferentes propostas: criação de abrigos para animais de rua ou que sofrem maus–tratos, construção de hospitais veterinários, aumento da assistência veterinária no município e outras mais.
O candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Queiroz, promoveu uma “cãominhada” na praia de Copacabana.
Em São Paulo, Regina Nunes, esposa do candidato a prefeito Ricardo Nunes, representa o marido em atividades ligadas à causa animal.
O publicitário Renato Pereira, especialista em marketing político, declarou ao jornal O Globo que a pose ao lado de pets demonstra carinho, amor e simpatia e cria afinidade com o público.
Um candidato a prefeito de Belo Horizonte chegou ao exagero de declarar que sua família conta até com abelhas sem ferrão, adotadas quando a árvore da colmeia foi derrubada.
Pets costumam desfilar com o número de candidatos presos às costas ou com vestimentas que trazem a foto de candidatos.
O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal tem propostas de projetos de lei para proteger animais: proibição de fogos de artifício com estampidos; cuidar para que animais utilizados em tração recebam bons tratos; proibir o uso de recursos públicos em eventos que causem danos a animais como vaquejadas e rodeios; e outros. Por enquanto, as propostas estão apenas no papel.
Pets na política pode parecer modismo ou fato recente. Contudo a história ensina que o imperador romano Calígula, que reinou de 37 a 41 d. C., apaixonado pelo seu cavalo – Incitatus, que significa “impetuoso” -, incluiu o seu nome no rol dos senadores e chegou a pensar em nomeá-lo cônsul.
Mais recentemente, ministro de Estado brasileiro levou sua cadela prenha ao veterinário utilizando carro oficial do ministério. Quando questionado sobre o uso de recursos públicos e de carro oficial para cuidar de sua cadela, ele se desculpou dizendo que “cachorro também é ser humano”.
Não se pode afirmar que todos os candidatos que fazem campanha abraçados a pets são confiáveis ou se de fato amam os pets. Cabe ao eleitor decidir, verificando a postura do político e as pautas que ele defendeu ao longo de sua vida.
Os eleitores devem estar atentos, porque fotos e vídeos com animais não exprimem preocupação ou cuidados com animai
Políticos são capazes de tudo pelo voto. Na década de 1990, um candidato acusou o outro de ser capaz de pisar no pescoço da própria mãe para eleger-se.
Abraçar-se a pets e parecer amá-los é bem mais fácil.