A LÍNGUA PORTUGUESA
Em 5 de maio comemora-se o dia da língua portuguesa. Antes de falar sobre a origem da expressão de hoje, cabe ligeira observação sobre nosso idioma.
O idioma português é fator de coesão nacional. Brasileiros do Sul se entendem perfeitamente com os do Norte. Para que isso aconteça, há que haver o idioma padrão, ou o idioma culto, estudado por todos.
Os idiomas são dinâmicos: nascem e desaparecem ao longo do tempo; modificam-se e acrescentam-se; recebem palavras de outros idiomas e influenciam outras línguas. Muitas palavras usadas por nossos avós deixaram de ser usadas: supimpa; flertar; é uma brasa, mora. Muitas outras foram acrescidas ao português, em maior quantidade ultimamente em razão da globalização e da linguagem digital.
A única maneira de preservar nosso idioma é conhecendo e estudando o português clássico dos grandes autores, o idioma padrão.
Infelizmente, brasileiros adotaram postura condescendente para com os erros idiomáticos, ao argumentarem que “desde que se tenha entendido o que se pretendeu falar, está tudo bem”. Ainda mais diante do ensino fraco da maioria das escolas. Tal postura é ignorante, complacente com a ignorância e evidencia desprezo pelo idioma pátrio. A continuar assim, em poucas gerações o português terá desaparecido e o Brasil terá vários idiomas e perderá um dos fatores de coesão nacional.
Temos de ter orgulho de nosso idioma. Temos de valorizar a língua portuguesa. Temos de exercitá-lo com correção.
Falar corretamente não é pedantismo, nem elitismo, nem esnobação; é ter conhecimento, é ter cultura, é servir de exemplo; é zelar pelo nosso idioma e pelos nossos valores nacionais.
O PORTALIMULHER tem a seção ”Origem de palavras e expressões” para valorizar nosso idioma, para divulgar curiosidades sobre ele e para transmitir conhecimentos sobre a língua portuguesa.
ORIGEM DA EXPRESSÃO BODE EXPIATÓRIO
A expressão tem origem remota: na Bíblia Sagrada. Era costume da tradição judaica que, no Dia do Perdão (Yom Kipur), os judeus se libertavam de seus pecados levando um bode à presença do Sumo Sacerdote para o sacrifício. Sacrificado o animal, seu sangue era aspergido no local mais sagrado do templo de Jerusalém. Então, a morte do bode como que expiava os pecados de todos e perdoava as faltas cometidas por todos. O animal levava a culpa pelos pecados de todos e pagava com sua vida, sem que tivesse cometido nenhum pecado; expiava a culpa alheia.
Achava-se que o sacrifício de animais aplacava a ira dos deuses ou do próprio Deus.
Era o bode expiatório (expiar significa remir [a culpa], cumprir pena, sofrer as consequências).
A expressão tem vasto uso ainda hoje. Tornou-se comum pessoas acusarem outros pelos crimes que praticou. Maridos acusam esposas, criminosos acusam juízes pela condenação, corruptos jogam a culpa no partido e por aí vai…